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CBF regulamenta futebol misto na base e em competições amadoras

Medida, adotada no Dia Internacional das Mulheres, "visa reparar injustiças históricas cometidas contra o futebol das mulheres"

Futebol|Do R7

Futebol misto visa ajudar a desenvolver futebol feminino desde a base
Futebol misto visa ajudar a desenvolver futebol feminino desde a base Futebol misto visa ajudar a desenvolver futebol feminino desde a base

Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) aprovou um projeto que permite competições mistas no Brasil. A partir de agora, as atletas poderão fazer parte de equipes masculinas e que times formados exclusivamente por mulheres poderão participar também de competições masculinas, "a critério de cada entidade organizadora", diz a entidade. 

As novas normas poderão ser aplicadas em todas as categorias, desde a iniciação esportiva ao futebol amador adulto. 

A nova regra poderá ser aplicada em todas as categorias, da iniciação esportiva ao futebol amador adulto. "Com esta mudança, pretendemos democratizar e massificar a prática do futebol pelas atletas, removendo barreiras para o surgimento e o desenvolvimento de novos talentos. O topo da pirâmide está relativamente bem estruturado, mas assentado sobre uma base frágil”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

“É importante destacar que o futebol misto trabalha com a massificação e a inclusão. Faltam equipes e, sobretudo, competições amadoras em nível local e regional nas primeiras categorias de iniciação e formação desportiva, como a Sub-10, Sub-12, Sub-14. Acredito firmemente que a regulamentação do futebol misto ajudará a corrigir este problema, incentivando a participação de milhares de jogadoras em equipes e competições mistas. Com o tempo, o aumento no número de atletas registradas também poderá levar à criação de equipes e competições exclusivamente femininas nas categorias mais jovens”, acrescentou o dirigente.

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Vale ressaltar, porém, que o futebol feminino e suas competições permanecem "exclusivo às atletas femininas".

Quem gostou da iniciativa foi a técnica da seleção feminina do Brasil, Pia Sundhage. "Isso não tem nada a ver com meninos ou meninas, e sim com o futebol. Se nós conseguirmos criar espaços onde se pratica o esporte, não importa se é uma menina ou menino. É uma oportunidade muito grande para todos nós que jogamos futebol", analisou Pia.

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Reparação histórica

O comunicado da CBF pontua também que a regulamentação do futebol misto tem como um de seus objetivos reparar injustiças históricas cometidas contra o futebolo das mulheres. Durante boa parte do século XX, as mulheres foram proibidas por lei de praticarem o futebol. Mesmo após a revogação da proibição, a modalidade sofreu com discriminação e falta de incentivos. 

O futebol misto não é uma iniciativa exclusiva do Brasil. Em países como França, Holanda, Dinamarca e Alemanha, a prática é comum. Na Inglaterra, atletas de ambos os sexos também podem disputar competições estando no mesmo time, mas só até o sub-18. 

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