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BRASILEIRO 2022

Caso de abuso sexual no futebol do Paraguai gera novas acusações

Antonio González, do pequeno Rubio Ñu, diz que jogador tentou extorqui-lo, mas enfrenta novas acusações de que assediava jogadores menores de idade

Futebol|Adalberto Leister Filho, do R7

Antonio González com Bernardo Caballero, em foto que vazou na internet
Antonio González com Bernardo Caballero, em foto que vazou na internet

O caso de assédio sexual no Rubio Ñu, time amador da cidade de Luque, no Paraguai, só piora. Agora, Antonio González, presidente do clube, é acusado pelo lateral Bernardo Gabriel Caballero também de extorsão.

Uma foto dos dois nus vazou nas redes sociais desencadeando grande debate sobre o tema no país. Houve inclusive pronunciamento de ídolos locais, como os ex-goleiros Chilavert e ‘Gato’ Fernández, pai do goleiro Gatito Fernández, do Botafogo, e do ex-meio-campista Romerito, que se consagrou com a camisa do Fluminense nos anos 80.

Abuso e extorsão

González, que admitiu ter tido um relacionamento de dois anos com Caballero, afirma que o antigo parceiro tenta usar o caso para tentar extorqui-lo. Segundo ele, o escândalo foi detonado pelo fato de Caballero não querer pagar pouco mais de R$ 1.000 para conseguir sua transferência do clube.


“Esse jogador, um sátrapa, bandido e vigarista, veio a este humilde clube para levar um montão de dinheiro”, acusou González em um vídeo divulgado nas redes sociais.

O jogador, por sua vez, se diz vítima de abuso sexual. Um inquérito foi aberto. Segundo a procuradora Teresa Martínez, várias irregularidades foram encontradas nos papéis do clube a respeito de trabalho de menores de idade. Também foi encontrado material pornográfico. González deve comparecer na próxima sexta-feira (16) para depor.


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Denúncia de assédio


Uma mãe, em entrevista ao canal 9 Notícias do Paraguai, afirmou que o dirigente tentou abusar de seu filho em 2010, quando ele tinha 17 anos.

De acordo com boletim de ocorrência, “o modus operandi [de González] é o mesmo: ele ganha a confiança dos menino, faz com que eles assinem contrato, lhes presenteia com uniforme e chuteiras de marca para se aproximar. Convida-os para sair e, aqueles que se recusam, são retirados do time.”

“Meu filho era titular. Depois, passou para a reserva e foi deixado de lado. Um dia não pude acompanhar o treino e ele foi só. Voltou e me disse: ‘Não quero mais jogar lá’. Depois de insistir muito, ele me contou o que aconteceu”, afirmou a mãe.

“’Ele disse: ‘Vou te dar tudo. Não vai te falar nada’. E o convidou para sair. Ele era menor de idade”, acrescentou a mãe.

Segundo a denunciante, para jogar na equipe, os atletas tinham que se sujeitar às vontades de González.

“Comecei a falar com as mães. Começaram a me contar o que havia passado com seus filhos. Se rejeitavam seus ‘convites’, não jogavam. Muitos queriam seu passe para ir embora, mas ele negava”, afirmou.

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