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BRASILEIRO 2022

Candidato, Ezabella quer negociação 'dura' por dívida do Corinthians

Candidato da chapa 'Movimento Corinthians Grande' pretende fazer da arena palco de shows menores, além de estreitar vínculo entre base e profissional

Futebol|Cesar Sacheto, do R7

Felipe Ezabella, 39 anos, é advogado, doutor pela Universidade de São Paulo e especialista em Administração Esportiva pela FGV/SP. É o cabeça de chapa do “Movimento Corinthians Grande”. Entre 2007 e 2009, foi vice-presidente de Esportes Terrestres.

Como conselheiro, foi eleito para dois mandatos consecutivos (2007/2012 e 2012/2015) e se tornou secretário-geral do Conselho de Orientação Fiscal na segunda gestão.

Ezabella tem como meta principal resolver o imbróglio do estádio por meio de uma negociação “dura, mas amigável”, uma forma de tirar a Odebrecht do negócio e utilizar os R$ 420 milhões em Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) da Prefeitura de São Paulo que o clube possui, além da utilização da arena para de shows de menor porte, sem concorrência com o Morumbi ou o Allianz Parque.

Confira as ideias do candidato sobre alguns dos temas mais importantes na gestão do Corinthians:


"Enfrentar, negociar com a Caixa, a Odebrecht. Existem muitas coisas que a Odebrecht não construiu. Cerca de R$ 200 milhões em obras não foram realizadas ou foram mal feitas. Queremos utilizar as CIDs [R$ 420 milhões], negociar para reduzir o valor total. Temos a obrigação moral de pagar o financiamento com a Caixa e o BNDES. Mas precisamos negociar."

"A propriedade dos naming rights é muito importante, mas é nova no Brasil. O assunto foi usado politicamente. Falou-se em R$ 820 milhões, sendo que 420 seriam pagos com CIDs e outroso 400 com naming rights (20 milhões por ano em 20 anos). No entanto, quem hoje pagaria esse valor sem saber das contas do estádio, dívidas que não são divulgadas? É possível comercializar, mas temos que abaixar os valores e o prazo. E termos credibilidade."


"A gente pensa em mudanças pontuais. Tem que ter um pouco de cuidado. Nada radical nem drástico. Em relação ao time, não é preciso mudar. Gosto do trabalho do Fábio Carille e do Alessandro [Nunes, gerente de futebol]. Falta gente, talvez mais um gerente ou coordenador para ajudar o Alessandro."

"Identificar estudos com a Universidade do futebol. Nos últimos dez anos, com a cultura de jogo [Mano, Tite e Carille] foi vencedora. Nas vezes em que fugimos, com Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges, desandamos. Temos que seguir essa linha. A contratação de jogadores é complexa, precisa de análise de desempenho, perfil e questões financeiras. Tem que ser um tiro certeiro. Não podemos errar."


"Em um primeiro momento, criar um vínculo maior entre a base e o profissional. Falta essa ligação. Depois, precisamos terminar o CT, tirar o departamento de base do clube, fazer um ao lado do elenco profissional, um CT de excelência. Na gestão do Roberto de Andrade, a base teve três diretores em três anos. Precisamos estudar o que houve para mudar aos poucos."

"Alguns esportes o clube tem que ter. O futsal, por exemplo, é histórico. Os garotos querem jogar. E o marketing vai ter que correr atrás de patrocínio. Também precisamos usar mais a Lei de Incentivo ao Esporte, como Flamengo, Pinheiros e Minas Tênis já fazem e muito bem. Gosto do modelo feito no vôlei, em Guarulhos. Tem muita identificação com o clube."

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