Cada jogo de Neymar ‘custou’ R$ 8,7 milhões aos cofres do Santos

Neymar foi apresentado no Santos no dia 31 de janeiro deste ano, sob altas expectativas. O retorno apoteótico do maior craque que o futebol brasileiro produziu nas últimas décadas, justamente ao Peixe — clube que o revelou para o mundo — parecia um casamento destinado ao sucesso. Mas não foi o que aconteceu.

O camisa 10 sofreu duas lesões musculares e ficou longe dos gramados por 78 dias. Até aqui, Neymar entrou em campo apenas 12 vezes: foram sete partidas pelo Paulistão, três pelo Brasileirão, uma pela Copa do Brasil e a última na derrota para o RB Leipzig, em amistoso disputado na quarta-feira (28), em Bragança Paulista.

Além de salário de R$ 4,1 milhões, o Santos ainda destina à NR Sports, empresa do pai de Neymar, 75% dos valores de todos os contratos fechados ou renovados após a chegada do camisa 10. Conforme o contrato, esse montante, que reúne direitos de imagem e marketing, tem que ser superior a R$ 85 milhões.

Dessa forma, levando em conta os cinco meses de contrato, Neymar deverá receber ao menos R$ 105 milhões. Considerando que o craque atuou em apenas 12 jogos, cada partida disputada custou mais de R$ 8,7 milhões aos cofres santistas.

Se levarmos em conta as seis participações diretas em gols — sendo três gols marcados e três assistências —, o custo por contribuição ofensiva salta para R$ 17,5 milhões por cada lance decisivo. Já para cada gol marcado, Neymar custou, isoladamente, R$ 35 milhões.

Todo esse cenário pesa ainda mais para o já endividado Santos, que atravessa uma grave crise financeira. Vindo da Série B, o clube tem enfrentado dificuldades para equilibrar as contas e não tem conseguido honrar certos compromissos — como o pagamento da multa rescisória do ex-técnico Pedro Caixinha, demitido ainda na quinta rodada do Brasileirão.

Neste domingo (1º), Neymar estará à disposição de Cléber Xavier para o duelo contra o Botafogo, na Vila Belmiro, às 16h (de Brasília), pela 11ª rodada do Brasileirão. O Peixe ocupa a 18ª colocação, com apenas oito pontos, e pode deixar a zona de rebaixamento em caso de vitória. Para isso, o Alvinegro Praiano precisa mais do que nunca de seu camisa 10 — por mais custoso que ele seja aos cofres do clube.