Brasil vira refém da indefinição de Tite após título da Copa América
Treinador deixou escapar que quer ‘consenso’ para escolha da nova comissão técnica, enquanto CBF teme viver pesadelo por eventual substituição
Futebol|André Avelar, do R7, no Rio
A seleção brasileira está nas mãos de Tite. Não só pelo comando técnico, mas pela dificuldade que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) encontraria caso se confirme o tão falado pedido de demissão do treinador. O título da Copa América no último domingo (7), em pleno Maracanã, só deu mais motivos para que Tite siga o trabalho ao seu modo ou seria fim da linha.
Evidentemente, até pela sua repetida ética, Tite não deve confrontar o presidente da entidade, Rogério Caboclo, para escolher os nomes que bem entende. Mas, como disse em um rápido bate-papo com os jornalistas após o título, todos os “novos nomes devem ser de consenso” entre o que sobrou da comissão e a direção da CBF. O auxiliar Sylvinho e o analista Fernando Lázaro aceitaram as propostas do Lyon-FRA.
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Mas o cargo, ou nome, de maior discussão seria em torno do substituto do coordenador de seleções Edu Gaspar. O profissional está prestes a confirmar sua saída da seleção brasileira e assumir um cargo na diretoria do Arsenal-ING, clube pelo qual inclusive jogou de 2001 a 2005. Juninho Paulista, também ex-jogador e recém admitido como diretor de desenvolvimento, é o nome mais falado para assumir.
Em paralelo a isso, ainda haveria uma proposta da China para Tite, hoje com 58 anos. Os valores, e aí não se sabe ao certo se para a seleção local ou para um clube, estaria em um daqueles caminhões de dinheiro que o futebol por lá costuma a pagar. Da primeira vez que perguntado no Rio, Tite disse não cravou que fica. Depois, passou a dizer que já havia falado sobre o assunto.
"Dois mil e vinte e dois é o contrato. Após a Copa do Mundo. É o contrato que o Tite mantém com a CBF", disse.
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Tite assumiu quando a seleção brasileira era terra arrasada depois do trabalho de Dunga de setembro de 2014 a junho de 2016. Para ficar só em termos de Eliminatórias da Copa, a equipe verde-amarela era a sexta colocada a corria o risco de ficar fora da Rússia 2018. No Mundial, o time esteve aquém do esperado e foi eliminado nas quartas de final.
Caso deixe o cargo de técnico, os nomes ventilados sem muita força na seleção são de Renato Gaúcho e Mano Menezes. Um treinador estrangeiro passa longe dos planos da CBF.
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