Ativistas protestam contra amistoso da Espanha na Guiné Equatorial
Futebol|Do R7
Ativistas dos direitos humanos pediram nesta quarta-feira a suspensão da partida do próximo sábado entre a Espanha e a Guiné Equatorial, país que pratica torturas e prisões arbitrárias, de acordo com os organizadores do protesto.
Em carta enviada ao presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Ángel María Villar, a Associação Pelos Direitos Humanos da Espanha (APDHE) expressou total repudio à partida que será realizada em Malabo, exigindo "a suspensão imediata" o encontro.
A ONG denuncia o governo da Guiné Equatorial, afirmando que este "tem um completo desprezo pelos direitos humanos", de acordo com o comunicado enviado na última segunda-feira, publicada nos meios espanhóis nesta quarta-feira.
O governo da Guiné "pratica sistematicamente tortura e prisões arbitrárias e submete à repressão extrema todos os cidadãos, organizações civis e formações políticas que não estão alinhadas com ele".
A ONG avisou à RFEF que a visita da seleção espanhola, campeã do mundo e da Europa, será usada como propaganda para o regime guinéu-equatoriano.
Cerca de 95% dos recursos da Guiné Equatorial são gerados pelo petróleo, mas a maior parte dos 700.000 habitantes vive na pobreza.
Esta ex-colônia espanhola na África é governada a mão de ferro pelo presidente Teodoro Obiang Nguema há 34 anos.
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