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Argentina joga pela primeira vez desde a morte de Maradona

Para Maradona, que morreu em 25 de novembro, a seleção era a maior paixão, símbolo de sua profunda ligação com o futebol

Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7

Maradona se equilibrava no futebol
Maradona se equilibrava no futebol Maradona se equilibrava no futebol

O jogo desta quinta-feira (3), entre Argentina e Chile, em Santiago del Estero, às 21h, pelas Eliminatórias, terá um caráter especial por ser a primeira partida da seleção argentina desde a morte do maior ídolo do futebol do país, Diego Armando Maradona, ocorrida em 25 de novembro último.

Para Maradona, a seleção era sua maior paixão, símbolo de sua profunda ligação com o futebol. Demonstrava isso a cada vez que, já terminada a carreira de futebolista, aparecia nas tribunas dos estádios gesticulando, gritando e torcendo pela equipe nacional.

Se estivesse vivo, Maradona acompanharia a partida, não escondendo sua alegria caso a equipe volte a ter uma boa atuação e conquiste a liderança provisória das Eliminatórias. Mas também seria transparente ao desabafar sua frustração em caso de má atuação, desferindo palavras agressivas contra jogadores, dirigentes, treinadores.

Com uma vida atribulada, lutando sempre para superar o vício nas drogas, as falsas amizades, embrenhado intensamente em se envolver com as pessoas, se frustrando ou se rejubilando, com a riqueza, as festas, a solidão, a família, a idolatria, os altos e baixos, com a dor e o prazer da fama, Maradona se equilibrava no futebol. Em campo, demonstrava mesmo esse lado equilibrista.

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"Eu me equivoquei e paguei por isso, mas a bola não se mancha", disse em uma ocasião. Assim como não se manchava o seu amor pela camisa alviceleste.

A morte de Maradona, aos 60 anos, ainda comove o país e deu continuidade a uma vida marcada por polêmicas. Ele morreu de maneira controversa, em uma residência alugada, em um momento de fragilidade.

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A perícia constatou que, pelas suas condições de saúde, era necessário que ele estivesse recebendo cuidados em um centro de reabilitação, depois de ser submetido a uma cirurgia para a retirada de um coágulo no cérebro, realizada em 3 de novembro.

Em maio último, uma investigação apontou sete suspeitos da equipe médica por possível negligência. Na equipe acusada, estão o neurocirurgião Leopoldo Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov. Eles negam qualquer tipo de negligência.

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A pandemia acabou impedindo que as seleções tivessem uma sequência em 2020 e 2021. Em 2020, a Argentina só foi jogar em outubro, quando venceu o Equador, por 1 a 0, e a Bolívia, por 2 a 1. No dia 12 de novembro, empatou por 1 a 1 com o Paraguai e, no dia 17 de novembro, venceu o Peru, por 2 a 0, na última vez que entrou em campo.

Veio nova onda da pandemia, que paralisou novamente o futebol e o calendário das Eliminatórias. A morte do ex-jogador causou o adiamento do jogo do Boca Juniors, seu clube de coração, com o Inter (RS), pela Libertadores, que seria realizado naquele dia 25.

Já a seleção, acabou tendo suas partidas adiadas também em função do luto pelas mortes na pandemia. De qualquer maneira, foi também simbólico o fato de ter ficado tanto tempo sem atuar, como se fosse uma reverência ao seu maior ídolo.

E quando Messi arrancar com sua canhota, estará certamente jogando um pouco por Maradona. Um ídolo nunca deixa de ser eterno. Em vida, Maradona já previa isso, quando afirmou: “Nem no dia em que morrer serei capaz de deixar o futebol.”

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