Árbitro e VAR enterram papo de 'esquema Fla' no 1 a 1 com Grêmio
Segundo gol rubro negro anulado pareceu legal e gremista Michel deveria ter sido expulso por entrada que poderia ter quebrado o tornozelo de Gerson
Futebol|Eduardo Marini, do R7
Por causa do gol fora do adversário, o rubro negro volta para o Rio com a vantagem do empate em 0 a 0 na segunda partida da semifinal brasileira da Libertadores.
O rubro negro precisou fazer quatro gols para que um valesse. Para além do resultado e da agradável intensidade da partida, o que se viu foi a quebra de argumentos da turma do jus esperneandis que defende a existência de esquemas protetores do Flamengo em 2019.
Oportuno repetir: na média, árbitros e sistemas de VAR erram e acertam a favor e contra todos os grandes times. O problema é que, como ocorre em todos os anos, o restante dos interessados presta atenção apenas nos supostos favorecimentos do líder. Toda temporada é assim. Nada muda. Por isso, alimentar essa conversa por vezes fica entre o cômico e o nonsense.
Aos lances polêmicos, pois:
No primeiro gol anulado do Flamengo, acerto total do VAR: Gabigol empurra Kannemann sem a bola e qualquer motivo, fora do lance. Falta corretamente detectada pelo VAR.
No segundo há a polêmica, mas a posição de Gabigol não pareceu de impedimento à reportagem. Estava com o pé na mesma linha do último zagueiro. É razoável supor que Néstor Pitana confirmaria o gol no VAR caso o bandeira não tivesse dado o impedimento.
Na jogada em que o rubro negro Gérson leva um pisão por cima da bola de Michel, ainda na primeira etapa, o gremista merecia ter sido expulso. Típico lance em que o jogador do Flamengo poderia ter fraturado o tornozelo, que “entortou” com a entrada, como mostram as imagens. Ficou barato demais apenas o amarelo.
E no terceiro gol invalidado, na segunda etapa, Gabigol estava com o tronco à frente do último defensor. Impedimento corretamente marcado.
No empate do Grêmio, Pepê, por um triz, estava atrás da linha da bola. Gol legítimo.
No mais, foi um jogo disputado e emocionante, como deve ser uma semifinal de Libertadores.
O Flamengo dominou a primeira etapa. O Grêmio voltou para o segundo tempo embalado, equilibrando as ações com um futebol mais agressivo e propositivo, perdeu parte da força após tomar o gol, se recuperou e foi atrás do empate.
Ao fim e ao cabo, pelo volume de jogo e a imposição no campo do Grêmio, se houvesse um vencedor este deveria ser o Flamengo. Pode ter sido frustrante para o rubro negro diante do ocorrido no jogo, mas não deixa de ser um bom resultado, com o gol qualificado, quando se pensa no modelo de duas disputas com o segundo jogo no Maracanã.
Admirar as emoções de um grande jogo é sempre mais lucrativo e nobre do que se apegar a picuinhas do discurso dos esquemas e proteções.
Que se classifique o mais equilibrado e corajoso na segunda partida, no dia 23 de outubro, no Maracanã.
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