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Anvisa relata que foi constrangida ao interromper Brasil x Argentina

Agência publicou documento em que garante que alertou argentinos em pelo menos quatro oportunidades

Futebol|André Avelar e Pietro Otsuka, do R7

Brasil e Argentina foi interrompido aos 6 minutos do primeiro tempo, em São Paulo
Brasil e Argentina foi interrompido aos 6 minutos do primeiro tempo, em São Paulo Brasil e Argentina foi interrompido aos 6 minutos do primeiro tempo, em São Paulo

A Anvisa deu sua versão sobre os acontecimentos no jogo entre Brasil e Argentina, que foi suspenso no último domingo (5). A agência publicou uma linha do tempo com todas as medidas tomadas pelas autoridades da saúde até o momento da interrupção do clássico em Itaquera, e afirma que todos os envolvidos (CBF, Conmebol, AFA e os próprios jogadores de futebol), "de forma deliberada obstruíram e constrangeram os servidores públicos". 

"Salientamos a falta de colaboração no cumprimento das medidas sanitárias, pelos envolvidos (CBF, CONMEBOL, AFA e os próprios jogadores de futebol), que aparentemente de forma deliberada obstruíram e constrangeram servidores públicos em cumprimento de ação em prol da saúde pública do povo brasileiro, com base na legislação brasileira vigente. Por fim aproveitamos para fazer um agradecimento especial à Polícia Federal e seus membros que participaram desta ação, não somente pelo cumprimento do dever, mas no apoio e segurança dispensada ao servidor desta Agência", afirmou a Anvisa, em documento assinado pelo servidor Yunes Eiras Baptista.

A delegação argentina desembarcou em São Paulo na manhã da última sexta. Diante dos rumores de que Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Christian Romero e Giovani Lo Celso teriam passado pela Inglaterra e, diferentemente do que determina a portaria federal 655/21, não cumpriram isolamento, a coordenação regional da agência pediu investigação do caso à noite.

A partir daí então, começou o processo de pelo menos quatro tentativas de notificação que os jogadores deveriam ficar isolados. Segundo o documento publicado, a AFA, a CBF e membros da Conmebol foram notificados. Há também a confirmação de uma reunião na véspera da partida com todos os envolvidos. Fica a dúvida se os argentinos poderiam pedir uma autorização especial ou correriam o risco de serem deportados.

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Já no domingo (5), antes da bola rolar, a Anvisa foi comunicada pela PF que os quatro jogadores que descumpriram o protocolo haviam saído do hotel com o restante da delegação argentina em direção a Neo Química Arena, palco do jogo. Os agentes então, foram ao local para entregar as "notificações sanitárias" ao quarteto da Argentina.

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No entanto, na chegada ao estádio, as autoridades da saúde foram impedidas de entrar no vestiário argentino, no que a Anvisa caracteriza como obstrução. "O recebimento das notificações foi recusado pela equipe da Argentina", disse a agência, que ainda cita como testemunhas do ocorrido os policiais federais que acompanhavam a operação.

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"Apenas saliento para um que exemplifica toda a obstrução e pressão sofrida pelos agentes da Anvisa e da PF (clara ação de constrangimento), que ficou devidamente gravada, quando um representante da CBF tenta argumentar de esperar o intervalo do jogo e que estes seriam substituídos", disse Yunes.

Lanches e bebidas

Após serem barrados do vestiário argentino, os agentes da Anvisa foram em direção aos camarotes, onde conversaram com dois delegados da PF, Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho e Rodrigo Weber de Jesus, a fim de explicar a situação.

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Os agentes foram orientados a aguardar e avisados de que os dirigentes e jogadores iriam ao encontro deles, no camarote, para receber as notificações sanitárias, mas isso não aconteceu. Yunes ainda afirma que ele e os demais agentes da Anvisa foram "cercados pela segurança do evento", antes de iniciarem a entrega de lanches e bebidas, que os fiscais recusaram.

A Anvisa ressaltou no comunicado que não tinha intenção de tumultuar o clássico entre Brasil e Argentina, mas, diante da recusa por parte da delegação argentina em receber as notificações sanitárias, não teve outra opção se não interromper a partida e exigir a retirada dos quatro jogadores (Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Christian Romero e Giovani Lo Celso).

Mesmo após o anúncio da suspensão da partida, os atletas argentinos não aceitaram receber as notificações, revela a Anvisa. A agência afirma que, depois dos acontecimentos na Neo Química, se dirigiu ao aeroporto de Guarulhos e que os "policiais federais que acompanharam toda a ação assinam as notificações como testemunhas de recusa de recebimento". 

Veja como o mundo repercutiu o cancelamento de Brasil x Argentina

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