Andressinha: 'Desejo marcar meu nome na história do Palmeiras'
Meia chegou neste ano e também comentou sobre o estilo de jogo dela; atleta atuou por quatro anos nos Estados Unidos
Futebol|Do Live Futebol BR
A equipe do Palmeiras faz sua partida de estreia no Brasileirão Feminino A1 às 21h desta sexta-feira (4), diante do Atlético-MG, no Allianz Parque. E quem faz parte desse Verdão é a meio-campista Andressinha, que conversou com a reportagem sobre o desafio de marcar seu nome na história do clube e do avanço tático dos técnicos no Brasil.
"Sempre no final das últimas temporadas o Alberto Simão (diretor executivo da modalidade) ligava para mim me convidando para o projeto. Inclusive teve um convite antes de assinar com o Corinthians. Fiz meu papel lá (Corinthians). Topei vir pelo desafio de nunca ser esquecida no clube (Palmeiras)", afirmou a camisa 20 palmeirense, que atuava no Timão desde 2020.
A jogadora, que é nascida em Roque Gonzales, uma pequena cidade do Rio Grande do Sul próxima da fronteira com a Argentina, logo se destacou dentro das quatro linhas pelo Esporte Clube Pelotas, após ser aprovada em uma peneira.
"Percebo um avanço tático e mental desde o início da minha carreira. Principalmente nos treinadores. Afinal, os times são o reflexo desse profissional. Por isso a equipe, em questão, acaba tendo uma identidade", disse a meio-campista.
Brasileirão Feminino A1
O time palmeirense nesta temporada é treinado pelo técnico Hoffmann Túlio. Ele chegou para a base do feminino em outubro de 2021, mas acabou subindo para a equipe profissional nesta temporada, que começou logo com um dérbi. Contra o Corinthians, na Neo Química Arena, o Verdão foi derrotado por 3 a 0 na 1ª edição da Supercopa do Brasil Feminina.
"Estamos muito mais preparadas. Sabíamos que aquele jogo (dérbi) não seria fácil. Estávamos com desfalques. Vejo nossa equipe pronta para uma estreia", comentou Andressinha.
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Experiência
A jogadora tem passagens pelos Estados Unidos, destaque quando o assunto é futebol feminino. "Joguei quatro temporadas por lá. Duas pelo Houston Dash e, depois, no Portland Thorns FC. Cheguei em final, mas perdi para o time (North Carolina Courage) da Debinha. Calendário lá era um problema por não ser de doze meses. Então, muitas jogadoras acabavam saindo para outros países."
A nova camisa 20 do Palmeiras afirmou que agora busca ser mais uma das experientes dentro de um projeto novo, que foi reativado em 2019.
Estilo de jogo
Aos 26 anos, Andressinha sempre sofreu com as críticas de não aguentar o futebol de hoje pela intensidade aplicada nos jogos.
Essa discussão foi muito mais abordada durante sua passagem pelo Corinthians.
"Críticas são super normais. As pessoas são livres para dizer o que elas querem. Mas os GPs estão aí para ver. Quem não correr, não joga mais. Existem jogadoras de dois tipos. Não sou uma jogadora rápida. Minhas as ações são diferentes, mas que contribuem para o jogo. Sempre tem o trabalho de formiguinha e por isso o futebol é complexo, pois, às vezes, só enxergam quem fez o gol, deu a assistência", concluiu a meio-campista.
De acordo com ela, a visibilidade exigida para a modalidade faz com que essas críticas sejam potencializadas ao estilo do masculino e que as atletas precisam aprender com isso, também. Afinal, agora, estão em maior evidência.
Seleção brasileira
"Talvez esse momento é o que estou mais tempo sem ser convocada. Mas, seleção brasileira é momento e terminei a última temporada no banco. Tudo é no seu tempo. Meu foco hoje é o Palmeiras. A comissão técnica do Brasil está sempre observando e sei que se for para ser convocada preciso desempenhar um bom futebol primeiro aqui (Palmeiras)", ressaltou a palmeirense.