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BRASILEIRO 2022
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Ameaçada de morte, funcionária que alertou sobre irregularidades em voo da Chape se esconde no Brasil

Celia Castedo Monasterio questionou o plano de voo da empresa boliviana LaMia

Futebol|Do R7


Avião da Chape caiu próximo ao aeroporto de Medellín
Avião da Chape caiu próximo ao aeroporto de Medellín

Mais de um mês depois da tragédia com o avião que levava o time da Chapecoense à Medellín, a ex-funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), Celia Castedo Monasterio, é uma das peças-chave para entender as causas do acidente com a aeronave da empresa boliviana LaMia.

Isso porque, a ex-funcionária da Aasana fez cinco observações no plano de voo entregue pela tripulação da LaMia. Entre os itens que Celia questionou estava o fato de o tempo de voo entre as cidades de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, a Medellín, na Colômbia, ser igual ao da autonomia de combustível da aeronave, aproximadamente quatro horas e 22 minutos. Ou seja, o avião não teria capacidade para chegar a outro aeroporto em caso de emergência. Contudo, ainda assim, foi dada autorização para a viagem e a funcionária foi afastada depois do acidente. Não apenas afastada como ameaçada de morte, conforme revelou Celia Castedo Monasterio em entrevista ao canal Sportv.

— Nos dias depois do acidente recebi ameaças por escrito, de morte, dizendo que eu era culpada pelo acidente. Sim [tem medo], especialmente pelos meus filhos. Me assustei muito quando chegaram as ameaças. Estão diretamente me acusando de algo que eu sou inocente e estão me ameaçando sem saber a minha verdade, sem poder me defender e esclarecer às pessoas que eu não deveria receber a culpa, que sou inocente. Sei que às vezes as pessoas reagem de modo emocional e pouco a pouco vão se dando conta de que realmente eu não fui culpada pelo acidente.

Segundo Celia, apenas a Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) da Bolívia poderia ter impedido a realização do voo que culminou com a morte de 71 pessoas.

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— Quero esclarecer que nós recebemos esse plano de voo como uma formalidade, um documento de voo. Antes de apresentar isso, a linha aérea ou o piloto que queria realizar um voo não regular, se dirige aos escritórios da DGAC, e eles são os que solicitam a autorização, a empresa ou o piloto. Isso é o que eu queria esclarecer, que a DGAC é a única autoridade que pode impedir a decolagem de uma aeronave.

Depois da divulgação do relatório e das ameaças de morte, Celia Castedo Monasterio, com medo, decidiu deixar a Bolívia e hoje está refugiada no Brasil – a reportagem do Sportv não divulgou a cidade onde a ex-funcionária da Aasana está.

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O acidente com o avião que levava a equipe da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana aconteceu na madrugada do dia 29 de novembro. A aeronave bateu em uma montanha ao ficar sem combustível a 17 km da pista do aeroporto José María Córdova, em Medellín. Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram.

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