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BRASILEIRO 2022

Alemão 'traiu' Arsenal e virou algoz de seus maiores rivais pelo Bayern

Serge Gnabry marcou dois gols na vitória do time alemão para cima do Chelsea. Ele também já havia brilhado em goleada contra o Tottenham

Futebol|Do R7

Gnabry conduziu a vitória do Bayern para cima do Chelsea
Gnabry conduziu a vitória do Bayern para cima do Chelsea

Serge Gnabry é um dos destaques da histórica campanha do Bayern de Munique na Champions League de 2019/20. Já considerado um talismã, o jovem atacante de 24 anos impressionou principalmente por suas performances em Londres, com quatro gols contra o Tottenham na fase de grupos e dois na partida de ida das oitavas de final contra o Chelsea, na última terça-feira. O que pouca gente lembra, é que o alemão foi revelado justamente pelo Arsenal, rival das duas vítimas, que o viu sair do clube por pouquíssimo dinheiro e quase sem ter sido aproveitado.

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Gnabry chamou a atenção do Arsenal após cinco anos nas categorias de base do Stuttgart. Em 2011, então com 15 anos, foi seduzido pelo famoso projeto das categorias de base do clube londrino, que tinha como grande entusiasta Arsene Wenger, lendário técnico dos Gunners.

Após dois anos na base, ele estreou pela equipe principal do Arsenal aos 18 anos, na vitória sobre o Stoke City, no Emirates Stadium, válida pela quinta rodada do Campeonato Inglês de 2013/14. A partir de então, estava totalmente integrado ao elenco profissional, tendo participado de jogos importantes, como contra Manchester United, Manchester City, Tottenham e Borussia Dortmund – ainda marcou um gol na vitória sobre o Swansea, pela Premier League.

Sua última partida na temporada, no entanto, ainda teria um toque especial do destino. Gnabry entrou em campo justamente contra o Bayern de Munique, na Allianz Arena, em jogo válido pelas oitavas de final da Liga dos Campeões - clube e competição que marcariam de vez sua carreira seis anos depois. Ele entrou no lugar de Mikel Arteta, atual técnico dos Gunners, e atuando por 13 minutos no empate por 1 a 1, que culminou com a eliminação dos ingleses da competição.


Em 2014/15, quando faria parte do time principal desde o começo da temporada, aconteceu o mais temido por todos os jogadores de futebol. Uma séria lesão no joelho o afastou dos gramados por quase um ano, jogando um balde de água fria em sua rápida ascensão. Ele voltou apenas no fim da temporada e, como capitão, atuou por 65 minutos na vitória do Arsenal sub-21 sobre o Newcastle.

"Ele não tem limitações", disse Wenger para a BeIN Sports nesta semana. "Ele tem uma ótima condição física, força, técnica, habilidade, é muito inteligente, mas, algumas vezes, parece que quer o caminho fácil do futebol. Esse era seu problema, faltava alguma coisa", completou.


Wenger, então, achou que a melhor opção seria emprestá-lo para 2015/16, estratégia já comum entre clubes para desenvolver jovens talentos sem muito espaço na equipe principal - e, neste caso, ainda voltando de uma grave lesão.

O escolhido foi o West Bromwich, também da Premier League. A aposta, no entanto, não foi positiva. "Eu o cedi ao West Brom e não deu nada certo". Gnabry jogou apenas três jogos por lá, contra o Chelsea, na Premier League, e Port Vale e Norwich, pela Copa da Liga, e passou o restante da temporada no sub-23, o que aumentou sua insatisfação.


Transferência polêmica

Com apenas nove meses de contrato restante no Arsenal, Gnabry queria novos ares. E foi o que aconteceu - mesmo com declarações de Wenger dizendo que ele já havia concordado com uma extensão e permanência em Londres.

"Ele é um ótimo jogador, individualmente e coletivamente. Nós tínhamos um acordo com ele, mas, como ele não jogou no West Brom, o deixei ir para a seleção alemã sub-21 e, claro, ele foi muito bem por lá. Estávamos preparados para renovar seu contrato, pensávamos que ele iria ficar, já que ele havia nos dito isso, mas, de repente, ele decidiu ir para o Werder Bremen, que, na verdade, já era um esquema com o Bayern de Munique", acusou Wenger.

A alegação de Wenger tem a ver com os primeiros passos de Gnabry na Alemanha. Para não perder o atleta de graça ao fim do contrato, o Arsenal aceitou vendê-lo por 4,5 milhões de libras (R$ 25,5 mi na cotação atual) ao Werder Bremen. Após uma temporada - 27 jogos e 11 gols -, ele já desembarcava no Bayern por "apenas" 7,2 milhões de libras, uma valorização muito pequena (e estranha) para um jogador com bom desempenho e praticamente titular em todo o ano.

"Não foi o Werder Bremen que o comprou [do Arsenal], foi o Bayern de Munique, já que seis meses depois, ou menos de um ano, ele já se transferia do Bremen para o Bayern. Já era um acordo feito lá atrás", acrescentou Wenger.

Em 2017/18, no entanto, foi repassado do Bayern diretamente ao Hoffenheim, por empréstimo de um ano, mesma tática adotada pelo Arsenal, mas que desta vez deu certo - somou mais 26 jogos e 10 gols. Na temporada passada, finalmente foi integrado ao elenco dos Bávaros. Alternando entre titular e reserva, entrou em campo 42 vezes, balançando as redes em 13 oportunidades.

Atualmente, Gnabry vive seu melhor momento da carreira. Cada vez mais consolidado na equipe titular - o que contribuiu inclusive para a ida de Philippe Coutinho ao banco de reservas -, além de marcar quatro vezes contra o Tottenham e duas contra o Chelsea, ele ainda acumula outros 11 gols, sendo dez pela Bundesliga e um pela Copa da Alemanha.

Quando perguntado se estava surpreso pelo Arsenal ter "liberado" um jogador deste nível de importância, Hans-Dieter Flick, técnico do Bayern, desconversou.

"Não. Estou feliz. Eu o conheço faz muito tempo, eu vi como ele jogava no Arsenal e, desde então, acompanho sua carreira. [Vendo ele jogar] você poderia dizer o que ele poderia fazer. Ele está jogando muito bem na Alemanha, está se desenvolvendo cada vez mais e possui muitas qualidades. Estou feliz por ter ele na Alemanha conosco."

Além de frequentemente aparecer nas recentes convocações da seleção alemã, Gnabry já acumula 41 gols e 24 assistências em 100 jogos na Bundesliga. Apenas 24 anos e um futuro brilhante pela frente.

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