Adysson recebe cadeira com seu nome e bate bola com ídolo do Palmeiras
Futebol|Do R7
O menino Adysson Gustavo Congo, de 8 anos, ganhou mais um dia para colocar na memória. Depois de entrar em campo com o ídolo Dudu, no último domingo, antes da partida contra a Chapecoense, e conhecer boa parte do elenco palmeirense, o garoto foi convidado nesta quarta-feira para fazer o Tour no Allianz Parque, bateu bola com o ex-jogador César Sampaio e, no final do passeio, ganhou duas cadeiras com seu nome para assistir a todos os jogos do time pelo qual torce na arena palmeirense até maio de 2019.
Acompanhado da mãe Silmara, da irmã Monique e do irmão Alysson, um ano mais velho, e vestido com a camisa com a qual foi presenteado pelo funcionário público André Martins quando "fugiu" de casa para ver o Palmeiras de graça no Pacaembu, o menino tímido exibiu espanto e fascínio à medida que ia caminhando pela estrutura da arena, localizada na zona oeste de São Paulo.
"É um sonho para ele. Acho que a ficha não caiu ainda. Só vai perceber o que está acontecendo daqui um tempo", conta a mãe corintiana, que também mostrou perplexidade principalmente pelas dimensões do local. A mulher, mãe de seis filhos e avó de três netos, é vendedora de roupas femininas em um comércio popular. Ela pediu para que uma amiga ficasse na loja situada ao lado da ocupação onde mora, na Luz, região central da capital paulista, enquanto fazia a visita com os filhos no cenário que não imaginou que pudesse conhecer. Ela e sua família, inclusive, estão recebendo doações para as vítimas do prédio que pegou fogo e desabou no Largo do Paissandu.
Adysson explorou os camarotes, esteve na sala de imprensa e conheceu os vestiários alviverdes, onde tirou foto com a taça da Copa Libertadores, conquistada pelo clube em 1999, e foi surpreendido com a presença de César Sampaio. O ex-capitão do Palmeiras se viu na história do menino - também era o único palmeirense da sua família de maioria corintiana - e pediu para conhecê-lo.
No vestiário, estampado com as fotos dos ídolos do time alviverde, desde Oberdan Catani, passando por Marcos, o próprio Sampaio até chegar em Dudu, capitão do último título do clube, o do Campeonato Brasileiro, em 2016, Adysson e o irmão jogaram futebol com Sampaio.
"É minha vida sendo contada com outros personagens. As histórias se cruzam com o Palmeiras em comum", compara o ex-jogador e hoje comentarista esportivo. "O futebol tem uma responsabilidade social e os clubes subaproveitam essa oportunidade de trazer esses meninos. Muitos outros Adyssons podem surgir. São pequenas ações como essa que fazem um mundo melhor", completa.
Encantado com a história do menino, Sampaio dará uma oportunidade a Adysson e Alysson em sua escolinha de futebol em Diadema. Alysson, aliás, mostrou mais desenvoltura que o irmão com a bola nos pés e até arriscou alguns dribles no ex-jogador.
Os irmãos se entusiasmaram ainda mais quando subiram no gramado. Eles ignoraram totalmente o sol forte que aquecia o gramado e os barulhos vindos da montagem do palco no Setor Gol norte da arena, que receberá um festival de música sertaneja no próximo sábado.
O presente mais aguardado foi dado no final do programa. Adysson recebeu dois assentos no Setor Gol Sul - atrás de um dos gols - com seu nome para assistir Dudu e companhia no Allianz Parque até maio de 2019. O pacote, chamado de Passaporte Allianz Parque, custa em torno de R$ 3 mil e dá direito a ver todas as partidas do Palmeiras na arena, inclusive os jogos decisivos. "Vou dar o outro ingresso para a minha irmã", diz o menino sorridente, que àquela altura já tinha perdido a timidez.
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