'Só duas pessoas sabem o que aconteceu’, diz Daniel Alves ao reafirmar sua inocência
O lateral-direito se pronunciou, por meio do advogado que o defende da acusação de estupro, ao portal espanhol Servimedia
Fora de Jogo|Do R7
“Só duas pessoas sabem o que aconteceu e, principalmente, o que não aconteceu. Estou dizendo a verdade. Será provado que não sou culpado. Foi uma relação consensual, e nunca me passou pela cabeça impor o ato sexual a ninguém, como está escrito."
Foi assim que Daniel Alves reafirmou que é inocente da acusação, que o mantém preso desde o dia 20 de janeiro, de supostamente ter estuprado uma mulher em uma boate, em Barcelona, na Espanha, na madrugada de 30 de dezembro de 2022.
A declaração foi feita por intermédio do advogado do lateral-direito e publicada no portal de notícias espanhol Servimedia, nesta terça-feira (13).
Nesta segunda (12), mais uma vez, a Justiça da Espanha negou o pedido do brasileiro para esperar o julgamento em liberdade. Ele alegou que os filhos e a ex-esposa estão vivendo em Barcelona e que ele tem vínculos com a cidade, o que o impediria de fugir do país.
“Aqui fundei a empresa que gere a minha carreira e os meus direitos esportivos e de imagem. Aqui comprei a única casa que tenho”, alegou Daniel Alves. O pedido foi entregue na sexta-feira (9), e a resposta saiu nesta segunda, o que mostra que a Justiça de Barcelona trata o caso com tolerância zero.
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Ao portal, o jogador também negou que tenha dado várias versões do caso. “Este [defender o casamento com Joana Sanza] foi o único motivo, e agora não tenho nada a esconder. Falam em infinitas versões, mas falei duas vezes perante a juíza.”
Desde o começo das investigações, Daniel Alves apresentou quatro versões do caso. Começou com um vídeo em que dizia não conhecer a moça, até admitir que houve a relação sexual, mas com consentimento.
Entenda o caso
Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro, quando teve a prisão preventiva decretada, sem direito a fiança. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada de 30 de dezembro.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta é acusado de ter trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna.
A mulher procurou as amigas e os seguranças do local após o corrido. A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu o depoimento da vítima.
No local, foi realizada a perícia, e no material coletado encontraram-se vestígios de sêmen, tanto internamente quanto no vestido da denunciante.
Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora da casa noturna antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para que o Ministério Público do país pedisse a prisão e a juíza a aceitasse. Além disso, a Justiça de lá entende que o brasileiro tem condições financeiras de fugir, caso seja liberado para esperar o julgamento em liberdade.
Quem é o amigo de Daniel Alves que o visita toda semana na prisão?