Reduzir lesão de atleta é promessa de tecnologia de empresa nacional
Com ajuda de raios infravermelho e laudos rápidos, clubes poderão descobrir problemas rápido. São Paulo estuda usar a partir de outubro
Fora de Jogo|Do R7

Um time campeão é formado por elenco bom e numeroso. Essa é uma das máximas do futebol, até porque contusões são inevitáveis. Perder jogadores importantes e improvisar são as grandes preocupações de torcedor, técnico, dirigente. Enfim, de todos que são apaixonados pelo esporte.
Para tentar diminuir esse problema, uma empresa de tecnologia 100% brasileira criou uma ferramenta que promete se tornar indispensável nos departamentos médicos dos clubes, o Kelvin.
Os jogadores passarão por um scanner, que vai capturar uma imagem das ondas de calor do corpo por meio de raios infravermelho. A partir da verificação periódica das temperaturas dos tecidos musculares dos atletas será possível descobrir se ele está com alterações que podem gerar lesões graves.
“A ideia é ajudar a manter o maior ativo do clube, que são os jogadores. Até então era usado o infravermelho, mas as análises não eram rápidas. A ideia é que sejam feitas com maior frequência e muito mais rapidez”, explicou Jhonata Emerick, fundador da RadSquare empresa criadora do software.
A tecnologia foi lançada na segunda quinzena de setembro e a empresa está em negociação com grandes times de futebol do Brasil. Altamiro Bottino, coordenador científico do São Paulo, acredita que a ferramenta pode facilitar o dia-a-dia dos clubes.
“Vai ajudar bastante, porque quando o atleta chegar para treinar ele vai passar pelo scanner. Como o laudo é rápido, será possível descobrir algum problema que o jogador ainda nem esteja sentindo, ou que ele não falou por receio de não ser escalado”, afirmou Altamiro.
Com base nos laudos, preparadores, fisiologistas, médicos e treinadores vão saber qual é a melhor forma de lidar com determinado jogador. Altamiro já indicou que o São Paulo faça uso da nova tecnologia. O clube está em negociações e pode usar a partir do mês de outubro.
A ideia é animadora aos são-paulinos, já que o Tricolor teve problemas com atletas contundidos em todas as rodadas do Campeonato Brasileiro de 2019.
Futebol é só o começo
A empresa, que tem o investimento do Hospital Israelita Albert Einstein, não pretende usar a tecnologia apenas com esportistas de alto rendimento. A intensão é que a partir do desenvolvimento do software até os atletas de fim de semana consigam aproveitar a facilidade.
“Pensamos assim: se conseguirmos ajudar a resolver um problema no futebol, que é alto rendimento, mais complexo, teremos base para cuidar de todos. Quem sabe não vira um aplicativo de celular para os esportistas de fim de semana”, projetou Emerick.
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