Resumindo a Notícia
- CPI determinou a condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho.
- Jogador não compareceu em duas ocasiões.
- Ronaldinho justificou a sua ausência com problemas nos voos.
- Ronaldinho é suspeito de ter participado de um golpe.
Ronaldinho faltou novamente à reunião da CPI das Pirâmides Financeiras
Reprodução/Instagram @ronaldinhoA presidência da CPI das Pirâmides Financeiras, que investiga operações suspeitas com criptomoedas no Brasil, determinou nesta quinta-feira (24) a condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho para prestar depoimento, após o jogador não ter comparecido em duas ocasiões.
A comissão parlamentar de inquérito que analisa indícios de gestão fraudulenta em operações com criptomoedas tinha convocado duas vezes o ex-jogador para prestar esclarecimentos, a última delas nesta quinta-feira (24).
No entanto, Ronaldinho justificou a sua ausência com problemas nos voos para se deslocar a Brasília, razão que não foi aceita pelos deputados.
"Na terça-feira ele não compareceu, adiamos a data sob o alerta de que uma nova ausência provocaria um pedido de condução coercitiva, e é isso que a presidência desta CPI está determinando na manhã desta quinta-feira", afirmou o deputado federal Ricardo Silva (PSD/SP), relator da comissão.
A condução coercitiva é uma figura jurídica à qual as autoridades recorrem para obrigar uma testemunha ou investigado a depor sobre determinado caso.
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No entanto, os advogados de Ronaldinho podem recorrer dessa decisão, após o Supremo Tribunal Federal ter declarado a ferramenta inconstitucional, em 2018.
Silva afirmou que, desde terça-feira, houve "vários voos" para Brasília e que, mesmo que não houvesse, isso não seria "um argumento protegido por lei" para justificar a ausência.
"A lei diz que a convocação tem de ser cumprida, por que não foi antecipada?", questionou o deputado.
Ronaldinho é suspeito de ter participado de um golpe atribuído à empresa 18k Ronaldinho, que oferecia falsos lucros de mais de 2% ao dia a quem investisse um mínimo de US$ 30 (R$ 146) em moedas virtuais.
Em seu lugar, apareceu nesta quinta-feira seu irmão e agente, Roberto de Assis Moreira, que desvinculou o nome de Ronaldinho da empresa e disse que, na realidade, o craque brasileiro foi uma "vítima".
"Nunca foi autorizado o uso da imagem nem do nome do meu irmão", disse à comissão parlamentar.
Assis garantiu que "nunca" foram sócios da 18k Ronaldinho" e que não sabe como foi criada, mas ao mesmo tempo acusou, com nome e sobrenome, outras duas pessoas de estarem por trás da empresa.
"Nós nunca estivemos envolvidos", insistiu.
O caso foi revelado pelos clientes da empresa investigada, que em ação civil coletiva pediram uma indenização de R$ 300 milhões por danos morais e materiais.
Assis reconheceu seu envolvimento com outra empresa, a 18K Watches Corporation, com sede nos Estados Unidos, que vendia relógios, embora tenha dito que saiu da sociedade pouco tempo depois.
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