Paraguai fará investigação interna sobre caso Ronaldinho
Ordem do presidente Mario Abdo Benítez é detectar possíveis irregularidades na emissão de passaportes falsificados para o craque e seu irmão
Fora de Jogo|Da EFE
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, ordenou uma investigação no Departamento de Migração e Identificação após o escândalo envolvendo Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, presos desde a última sexta-feira (6) no país por conta do uso de passaportes falsificados.
O ministro da Secretaria Nacional Anticorrupção (Senac), Rene Fernández, que fez o anúncio nesta segunda-feira, explicou que o principal objetivo é detectar possíveis irregularidades nessas instituições, que estão fora do trabalho do Ministério Público.
Ele afirmou que atuará como um elo com o Ministério Público "para superar qualquer obstáculos que possam surgir o mais rapidamente possível e com maior esforço para assegurar que os fatos sejam esclarecidos".
Prisão preventiva decretada
A Direção-Geral de Migrações e o Departamento de Identificação da Polícia Nacional estão na mira desde a última quarta-feira, dia em que Ronaldinho e Assis, que é seu empresário, desembarcaram em Assunção.
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Na sexta-feira, eles foram levados para a prisão na sede da polícia, e retornaram no dia seguinte depois que a Justiça confirmou a prisão preventiva solicitada pelo Ministério Público.
Fernández também informou sobre a decisão do governo de suspender o status legal da Fundação Fraternidade Angelical, que havia sido aprovada por decreto presidencial e que Ronaldinho apoiaria durante sua passagem pela capital paraguaia.
A fundação é presidida por Dalia López, uma empresária paraguaia em quem pesa um mandado de prisão e que recebeu os dois irmãos no aeroporto.
Empresário brasileiro teria solicitado a falsificação
Álvaro Arias, da equipe de advogados de Dalia, disse hoje que o empresário brasileiro Wilmondes Sousa, que também está preso, pediu à empresária que intermediasse o processo dos documentos para Ronaldinho e Assis.
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Segundo o advogado, a empresária ordenou este procedimento, mas negou envolvimento na gestão, realizada pelo Departamento de Identificações.
Amanhã acontecerá uma audiência de revisão de pena, onde o ex-jogador da seleção brasileira e seu irmão irão comparecer e serão representados por seus advogados.
O promotor do caso, Osmar Legal, disse hoje desconhecer que a defesa solicitaria a prisão domiciliar como medida de precaução para que eles deixem a cadeia.
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