Responsável por erguer a taça da Eurocopa, que voltou a ser conquistada pela Itália após 53 anos, Chiellini é bem mais do que um dos grandes zagueiros de sua geração, capaz de marcar, com maestria, jogadores como Lukaku e Kane durante a campanha rumo ao título

FABIO FRUSTACI/EFE 12.07.21

O defensor, já aos 36 anos, é aquele mesmo que foi mordido por Luis Suárez, durante a Copa do Mundo de 2014 e se tornou um dos grandes personagens daquele Mundial, mesmo com a campanha pífia da Itália, eliminada ainda na primeira fase

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Nome forte na seleção italiana desde a categoria sub-15, o camisa 3 já disputou duas Copas do Mundo e finalmente foi campeão em sua quarta Eurocopa na carreira

Carl Recine/EFE 11.07.21

Símbolo da raça na equipe, ele foi até condecorado como cavaleiro da Ordine al Merito della Repubblica Italiana depois que ajudou a seleção a conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004

ANGELO CARCONI/EFE 12.07.21

Chiellini também acumula algumas polêmicas na carreira, como por exemplo a discussão pública com seu ex-companheiro Felipe Melo, a quem classificou como "pior dos piores" e "maçã podre" em seu livro de biografia

AFP

Mas a vida do zagueirão, nove vezes campeão italiano com a Juventus, é bem mais do que "só" o futebol. Ele é também um estudioso, com direito a um diploma de mestrado em administração de empresas

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Ele se tornou mestre em 2017, após concluir, com nota máxima, o curso na Escola de Management e Economia da Universidade de Turim

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Para se formar, ele apresentou um trabalho justamente sobre o modelo de negócios da Juve, clube em que atua desde 2005

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Antes do mestrado, Chiellini, em 2010, concluiu sua graduação em Economia e Comércio na Universidade de Turim, sendo aprovado com honras

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Em seu trabalho de conclusão de curso, sobre as finanças do clube em que atua, ele ganhou nota 9,9, com muitos elogios dos exigentes mestres

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Apesar da solidez defensiva e o espírito de liderança, Chiellini revelou que ficou bem nervoso na hora de apresentar o trabalho para a banca avaliadora. E por um motivo bem inusitado

Frank Augstein/EFE 11.07.21

"Fui muito preparado, mas me compliquei na hora de falar em inglês em espanhol, tive até que fazer aulas particulares antes. Também teve outro problema: um dos professores era torcedor do Torino (risos). Mas acho que ele foi bastante imparcial", contou, em entrevista ao jornal La Repubblica

Andy Rain/EFE 11.07.21

O estudo, aliás, virou uma válvula de escape para o zagueiro, que encontrou nos livros uma forma de escapar da pressão do futebol e ocupar a cabeça com outras coisas

Frank Augstein/EFE 11.07.21

"Não parece, mas nós, os jogadores, temos bastante tempo livre. É claro que um monte de viagens não ajudam, mas tomei o estudo como uma espécie de hobby para escapar das pressões do futebol, para desligar um pouco da tomada", relata

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Chiellini, aliás, luta por uma causa diferente para os jogadores de futebol: para que eles deixem de ser tratados como "cabeças-de-vento" e ignorantes

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"Nós, atletas, não somos ignorantes. Há muitos jogadores com diplomas universitários, inclusive ex-companheiros meus. Acho que o que sempre dizem sobre nós, jogadores, é um clichê muito ruim que tem que ser dissipado", afirmou

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