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Diário de bordo: euforia, amigos de infância e Google Maps já no 1º dia

Record TV embarcou em uma viagem de cinco dias, de ônibus, do Rio a Lima, no Peru. A partir de hoje, você confere os bastidores dessa aventura

Fora de Jogo|Raian Cardoso, da Record TV

Torcedores do Flamengo embarcaram empolgados para viagem a Lima
Torcedores do Flamengo embarcaram empolgados para viagem a Lima

Foram cinco dias do El Camino Rubro-Negro. Uma verdadeira aventura, uma viagem, de ônibus, entre o Rio de Janeiro e Lima, no Peru, para cobrir a final entre Flamengo e River Plate pela Libertadores. O Rubro-Negro foi campeão depois de virada histórica, com dois gols do atacante Gabigol.

Você já viu e reviu os gols, melhores momentos e a festa dos jogadores. Mas, a partir desta terça-feira (3), você ficará por dentro do que aconteceu dentro do ônibus, tudo registrado sob a forma de um diário de bordo.

Até sábado (7), você terá uma história nova por dia.

1º dia de estrada


O dia começou bem cedo. Para mim começou às cinco da manhã. Eu queria chegar antes dos torcedores, minha intenção era filmar o primeiro torcedor chegando e entrevista-lo.

Entretanto, para a minha surpresa, o primeiro torcedor foi o primeiro mesmo, até do que eu. Quando cheguei, ele já estava lá, às 6h da manhã, para um ônibus que sairia somente às 10h. Esse queria chegar em Lima mesmo. Perdi!


Entramos no ônibus. Fomos subindo degrau por degrau, como um jogador que sobe as escadas do vestiário em direção ao gramado. Realmente essa era a sensação. Olhando cada torcedor, tive a sensação que eles estavam entrando em um estádio, tamanha euforia.

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O clima dentro do ônibus era incrível. Parecia que os torcedores eram amigos de infância. Um foi cumprimentando o outro, apertando as mãos com força, dando abraços apertados, conversando como velhos amigos.


Sentamos em nossos lugares. Alguns escolheram os bancos da frente, outros pegaram rapidamente os assentos do fundão. Eu sentei no meio, queria ter facilidade para acessar o povo do fundo e também ter olhos para os torcedores da frente. Colocamos nossas malas no bagageiro, tudo sem nenhum problema. Mas antes do ônibus sair, muita festa foi feita, cantos de apoio ao Flamengo foram entoados com muito vigor, muita força, alto. Eu estava me sentindo num estádio de futebol.

O ônibus deu partida. Saímos do Rio e estávamos rumo a Lima. Não sabia o que nos espera nessa viagem, mas a expectativa era sempre boa. Achei que teríamos uma boa viagem, com boas histórias. Na saída a empolgação aumentou, gritos, músicas sendo cantadas, os torcedores faziam de tudo, menos ficarem quietos. O brilho no olhar de cada um era perceptível.

Nas paradas para comer, percebi que o cardápio não importava, mas sim chegar logo em Lima. Os torcedores davam gargalhadas, comiam com uma alegria, brincavam como crianças alegres, que acabaram de receber o seu presente predileto. 

Pouco a pouco o bate-papo foi surgindo, torcedores trocando informações sobre si, debatendo sobre futebol e, volta e meia, um puxava um cântico e todos acompanhavam. Uma onda de felicidade.

Eufóricos os torcedores ainda não faziam ideia que esse era apenas o primeiro dia de uma viagem de cinco. A sensação que deu era que essa viagem, para eles, é do Rio a São Paulo.

Fizemos a segunda parada. Mais cânticos, mais empolgação, mais entusiasmo. Os torcedores faziam uma festa bonita, digna de final de Libertadores. Após comerem, beberem, voltaram para o ônibus, satisfeitos, felizes. Um a um subiram no ônibus, alguns já sem sapato, apenas de chinelo, outros com bonés, mas uma vestimenta era unânime, todos com a camisa do Flamengo.

A primeira noite foi intrigante, uma mistura de cansaço e ansiedade. Os torcedores cochilavam, mas acordavam rápido, olhavam pela janela, abriam o celular no Google Maps. Eles queriam saber onde estavam, queriam saber se já estavam chegando, se o caminho estava correto. Os torcedores queriam chegar rápido, já queriam chegar naquele dia, naquela hora. Poucos dormiram direto.

Vieram os sussurros no busão. Dessa vez mais baixinho. Sem muita agitação, mas percebi que ninguém queria dormir, apenas chegar em Lima, mas ainda estávamos na primeira noite. Faltavam quatro.

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