Corintiano homenageia parentes são-paulinos já falecidos

José Antônio Costa abriu mão da rivalidade para comprar três totens com fotos no Morumbi: 'Seria como se eles fossem eternizados' explica

01/09/2020 - 16h00 (Atualizado em 05/04/2024 - 05h52)

O corintiano José Antônio Costa resolveu abrir mão da tradicional rivalidade com o São Paulo para homenagear dois queridos parentes já falecidos e que eram torcedores do time tricolor. Na semana passada ele entrou em contato com o clube do Morumbi para comprar totens no estádio e colocar em cada um deles fotos do primo e do tio, como uma forma deles continuarem ligados ao time de coração.

Durante a pandemia do novo coronavírus, o São Paulo e vários outros clubes passaram a vender espaços nos assentos para os torcedores enviarem fotos. A iniciativa é uma maneira de arrecadar dinheiro, mas também uma forma de os estádios parecerem menos vazios, apesar dos portões fechados e das restrições impostas pelas autoridades de saúde. Mesmo com tudo isso, Costa não teve dúvida sobre o que queria fazer.

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O torcedor do Corinthians comprou no estádio do Morumbi três totens. Um tem a foto do tio, José Mauro Costa, e o outro do primo, Sérgio Lima Costa. Os dois faleceram anos atrás e eram fanáticos pelo São Paulo. A terceira imagem tem a foto do filho de Sérgio, Leandro, que também é são-paulino. "Eu achei que seria uma homenagem legal. Seria como se eles fossem eternizados. É como se o Morumbi estivesse batendo palmas para os dois", contou o corintiano.

Inclusive, Sérgio foi batizado pelo pai com esse nome por causa de Serginho Chulapa, maior artilheiro da história do São Paulo com 242 gols. Cada totem saiu por R$ 120. "Eu e meu primo fomos criados juntos, como irmãos. O Sérgio era muito exagerado, intenso, era chato. Ele ia ao estádio, acompanhava muito. Eu quis fazer essa homenagem porque achei muito legal", comentou.

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Curiosamente, um dos jogos disputados no Morumbi diante dos totens com as fotos do pai e do filho foi justamente um clássico entre São Paulo e Corinthians. No último domingo (30), a equipe da casa venceu por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.

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Para a irmã de Sérgio e filha de José Mauro, Patrícia Costa, a homenagem vinda do parente traz emoção extra. A dona de casa perdeu o pai em agosto de 2017 por causa de um acidente vascular cerebral (AVC) e um ano depois, no mesmo mês, chorou a morte do irmão, vítima de uma acidente de moto. "Quando vi a foto dos totens, eu desabei a chorar de emoção. Foi uma grande homenagem. Pra nós tem sido uma grande emoção, principalmente porque agosto é um mês de muitas lembranças para nós", explicou.

Patrícia conta que o pai e o irmão eram muito fanáticos pelo São Paulo. Os dois costumavam ir com frequência aos jogos do Morumbi e quase sempre estavam vestidos com a camisa do time tricolor. Nas reuniões em família, o futebol era um assunto constante e quando o São Paulo estava em boa fase, a dupla costumava tirar muito sarro dos parentes que torcem para os rivais.

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"Eu não imaginava que meu primo teria essa atitude. Ele fez isso por amor aos parentes e mostrou que isso é maior do que qualquer rivalidade que existe no futebol. Meu primo deixou um exemplo porque foi um gesto lindo e que nos motivou a família a se lembrar do meu pai e do meu irmão", contou Patrícia.

Novo nome da Arena Corinthians encerra longa novela do clube

Arena Corinthians, Arena Neo Química, Itaquerão,

Os primeiros nomes para parceria com Timão surgiram em 2010, antes mesmo da construção do estádio no bairro de Itaquera, zona lesta de São Paulo. Segundo Luís Paulo Rosenberg, que na época fazia parte da diretoria de marketing do Corinthians, eram cinco ou seis empresas interessadas. Entre as empresas tinham quatro multinacionais: Petrobrás, Nike, Emirates e Nestlé

Com isso, outras duas marcas foram cogitadas. A primeira a cervejaria Itaipava, que comprou o naming rights da Arena Fonte Nova, na Bahia. A outra era a companhia aérea Emirates. O acordo seria de incríveis R$ 450 milhões, durante 20 anos. Apenas R$ 100 milhões a mais que a possível atual proposta da indústria farmacêutica Hypera Pharma

Em 2014, mais uma empresa foi cogitada em Itaquera: a Kalunga. A marca que patrocinou o Corinthians entre 1985 e 1994 e teria oferecido R$ 350 milhões pelo direito do uso do nome da Arena Corinthians, por 20 anos

Com o passar dos anos, o assunto ficou de lado, mas não foi esquecido para diretoria do Timão. E agora, em 2020, Andres Sanchez dá dicas em suas redes sociais, que fechou um acordo e que o 'Itaquerão' finalmente terá um nome

"Tem gente cravando, tem gente barrigando, tem gente que tá torcendo pra não ser verdade. Eu só sei que vou ter que aprender inglês e mandarim" e " Parabéns bem vinda vai Corinthians" são duas das publicações feitas pelo dirigente

A Magazine Luiza chegou a ser cogitada no Timão. A empresa negou no Twitter: "Já fizemos parte dessa linda história do Timão, em um momento mto especial! Mas, em respeito à torcida corintiana, preciso dizer a verdade: não estamos negociando o nome da Arena Corinthians"

O nome da marca com quem o Corinthians acertou deverá divulgado, na próxima terça-feira (1º), quando o Timão completa 110 anos de história. Com um possível acordo de R$ 300 milhões, a farmacêutica Hypera Pharma era a favorita. Com acerto, a Fiel deve comemorar a bolada de dinheiro que ajuda a diminuir as dívidas do clube que superam R$ 650 milhões

Após uma busca de dez anos, o Corinthians encontrou uma empresa para dar nome ao seu estádio. O local em Itaquera, na zona leste de São Paulo, passou na noite desta terça-feira (1º) a se chamar Neo Química Arena. O contrato é de 20 anos. No evento que anunciou o nome do estádio, o presidente do clube, Andrés Sanchez, celebrou o desfecho de uma das mais longas novelas da história do clube. Leia mais