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Colega de Neymar no PSG, brasileiro é craque sem pisar nos gramados

Atleta de e-Sports e campeão continental de Fifa, Rafifa promete luta em nova versão do jogo e se inspira em FalleN, brasileiro que é destaque do CS:GO

Especiais|Alex Yamasaki, do R7*


Assim como Neymar, Rafifa13 é o craque do PSG, mas dos gramados virtuais
Assim como Neymar, Rafifa13 é o craque do PSG, mas dos gramados virtuais

Contratado para a equipe de e-Sports do Paris Saint-Germain em abril do ano passado, o brasileiro Rafael Salles Leite Fortes, de 22 anos, apelidado de Rafifa13, inicia a temporada do FIFA 19 buscando o título mundial da modalidade.

Campeão continental de 2016, duas vezes campeão brasileiro e duas vezes finalista da Copa do Mundo, Rafifa se tornou, assim como Neymar, um astro do PSG, só que nos gramados virtuais.

Início nos e-Sports

Com o sonho de ser jogador dentro das quatro linhas, Rafifa tinha videogames em casa, mas o futebol virtual ainda não chamava a sua atenção: “Os jogos de futebol eu jogava na cas dos meus primos. Quando eu os visitava, eu ficava lá, jogando.”

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Apesar de ser introduzido ao jogo em que hoje é profissional pela família, Rafifa não deu os primeiros toques no gramado do videogame por ensinamentos deles.

“Para aprender, foi uma coisa mais sozinho. Meus primos quase não jogavam quando estava lá. Então, jogava contra o computador mesmo. Era algo bem mais solitário”, conta.

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Hoje profissional na modalidade, Rafifa, assim como Neymar, tem o desejo de chegar ao topo do mundo.

"Meu sonho é ser campeão mundial. Sei que é muito difícil, porque temos condições um pouco piores do que os caras lá fora — em relação aos servidores da produtora do jogo, que tem velocidade mais baixa no Brasil do que na Europa —, mas vou dar o meu melhor para conquistar esse sonho."

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Jogador do PSG, Rafifa curte o Parque dos Príncipes, estádio do clube
Jogador do PSG, Rafifa curte o Parque dos Príncipes, estádio do clube

Oportunidades com o Fifa

Rafifa, aos poucos, foi ganhando espaço no cenário do Fifa e se tornando unanimidade entre os jogadores. Ganhou duas vezes o Campeonato Brasileiro da modalidade. No início de 2017, veio o grande título até o momento: o Campeonato Regional de Miami, o torneio continental da Fifa.

“A primeira porta que o Fifa me abriu foi viajar para jogar videogame. Viver disso, poder me dedicar a essa tarefa”, afirma.

Além dos títulos, ele chegou próximo ao seu sonho duas vezes, quando disputou o Mundial do Fifa. No entanto, não conseguiu levantar a taça. Apesar disso, está satisfeito com o que conquistou na carreira até agora.

“Principalmente o reconhecimento do público em geral. As pessoas gostarem do meu trabalho, gostarem de mim, me acompanharem nas competições”, comenta.

Profissionalização dos e-Sports

Além da situação de pioneirismo que vive, como um dos poucos atletas profissionais de e-Sports do Brasil a ser contratado por um clube de fora do país, Rafifa acredita que a profissionalização dos atletas de e-Sports está em um bom caminho, vencendo preconceitos pouco a pouco.

“Do mesmo jeito que um tempo atrás havia muitos outros preconceitos, hoje tem muita gente que ainda não entende completamente a carreira de esporte eletrônico. Somos atletas. Estamos sendo profissionais. Não é somente videogame. Com o tempo esses preconceitos vão acabar cada vez mais sendo desconstruídos. Daqui uns dez anos, vai ser normal um jogador profissional de esportes eletrônicos”, acredita o atleta do PSG.

Rafifa na disputa do Mundial de Fifa, a FIWC, em Paris
Rafifa na disputa do Mundial de Fifa, a FIWC, em Paris

Como começar sua caminhada e as inspirações

Multicampeão e em busca do seu primeiro título mundial, Rafifa dá o caminho para quem sonha se tornar um profissional de Fifa.

“Para ser o melhor, você tem que jogar com os melhores. Você tem que entender como os melhores jogadores estão jogando. Jogar com eles. Acompanhar as transmissões, os vídeos. O primeiro passo para você se inserir é tentar ser eles”, ensina.

Seguindo os próprios ensinamentos, ‘Rafifa revelou suas inspirações no game: “Tem o Bruce Grannec, o francês que é bicampeão mundial, e o Rosenmeier — August 'Agge' —, jogadores muito diferentes e com bastante técnica”.

Fora do Fifa, mas ainda dentro dos e-Sports, Rafifa revelou que se inspira no também brasileiro Gabriel "FalleN" Toledo, jogador profissional de Counter Strike: Global Offensive pelo time MIBR – Made In Brazil:

“FalleN é minha inspiração no cenário de e-Sports em geral. Gosto de jogar CS. Jogava muito o 1.6. Desde essa época já acompanhava o CS:GO. Sempre enxerguei no FalleN um cara que saia da caixinha não só na questão do jogo. Mas que buscava sempre fazer mais pelo cenário do que outras pessoas”, disse o bicampeão brasileiro.

Expectativas e horas jogadas

Com a temporada do Fifa 19 entrando em sua primeira parte competitiva, com o início da primeira Weekend League nesta sexta-feira (5) — competição semanal em que os classificados podem jogar 40 partidas e acumulam pontos em um ranking. Por conta disso, Rafifa conta o quanto tem jogado diariamente.

“Nesse início de temporada, a gente precisa dar uma atenção muito maior. Justamente por estar montando o time dentro do ultimate team. Então, agora eu estou jogando de 6 a 7 horas por dia. Tranquilamente. Nesse início, estou dando um gás maior”, disse o craque.

Mesmo em começo de temporada, Rafifa espera já obter bons resultados com a camisa do PSG.

“Vou investir bastante tempo nesse Fifa”, finalizou.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Adalberto Leister Filho 

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