Hora do massacre! O assustador Bloodborne é um dos jogos mais difíceis de 2015

Lançado nesta terça-feira (24), Bloodborne convida os jogadores a mergulharem em um mundo bastante assustador. Candidato ao título de game mais difícil de 2015, a nova empreitada do diretor Hidetaka Miyazaki e da From Software é para gente grande: além de exigir habilidade, o exclusivo para PlayStation 4 não se importa nem um pouco com a sua frustração. Em um nível até meio masoquista mesmo.

E tudo começa pelo "acordo de sangue" feito no começo do título. O jogador entra no papel de um caçador na estranha Yharnam, uma espécie de cidade vitoriana saída direto de um bom filme de terror. Uma doença transforma grande parte dos habitantes em criaturas mal formadas e sedentas pelo seu sangue. Ah, que ótima recepção, não é mesmo?

Começou a caçada

Chamei o camarada Lucas Brum para uma rápida sessão de Bloodborne, na qual comentamos as novidades que o jogo trouxe e também para "apanhar" um pouco do game. Confira!

Não consegui contabilizar quantas vezes morri em Bloodborne durante os três dias de testes. Mas, é claro que os combates mortais e encharcados de sangue fizeram com que a experiência fosse bastante divertida - mesmo com o final, quase sempre, previsível. O mistério em volta da cidade, do seu próprio personagem e sobre o ambiente que envolve Bloodborne pode desanimar os jogadores mais casuais.

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Por outro lado, a partir do momento que você consegue construir estratégias para avançar, Bloodborne se torna mais e mais recompensador. O jogo entrega diversão e muita ação, caso você esteja disposto a fazer várias vezes o mesmo caminho, sempre de uma forma melhor.

Estratégia, do latim...

Num cenário de nenhuma tranquilidade, você tem que estar sempre atento aos recursos e itens disponíveis para não encontrar a morte em um beco escuro. Não estou querendo ser poético, nem é #mimimi. Bloodborne é pesado! Saber como aproveitar e combinar a ação de dois itens diferentes ou quando partir para porrada contra um dos

habitantes monstruosos desse fim de mundo é essencial para garantir alguns minutos extras de vida.

O game tem uma diferença clara entre seus antecessores da From Software: o caçador do game não se esconde atrás de um escudo o tempo todo. A abordagem de ataque muda a forma como você aborda cada inimigo e também proporciona momentos de muito sanguinolência... Antes de você morrer de novo.

Para atenuar essa vida difícil, o jogo conta com duas mecânicas bastante importantes para os jogadores: um sistema de reganho e a esquiva ofensiva. No primeiro, você recupera sua vida se fizer um contra-ataque rápido a um inimigo que causou algum dano. Mas, não tente dar uma de Kratos, não rola!

Já a esquiva ofensiva tira proveito das armas de fogo para permitir que você vire uma luta a seu favor. Atirando contra o inimigo no momento do golpe dele faz com que você tenha vantagem para um ataque visceral, como são chamadas as investidas mais fortes e normalmente letais de Bloodborne.

Seu papel de caçador fica mais claro a cada novo metro da gigantesca cidade. Definitivamente, Yharnam é um péssimo lugar para turistas, como provam os diferentes tipos de criaturas que estão rodando pelo quarteirão.

Gráficos, trilha, dublagem

Além dos gráficos e texturas lindos - apesar de meio assustadores - de Bloodborne, fica a impressão de algumas escorregadas de câmera e visualização devem ser corrigidas por um pacote da From Software em breve. Mesmo assim, é perceptível que o poder do hardware da nova geração vai trazer jogos cada vez mais bonitos. Outro ponto que irrita um pouco é o tempo grande de carregamento a cada vez que você muda de cenário ou morre - já disse que você morre para caramba?

A trilha sonora também faz um ótimo trabalho de deixar o clima bastante pesado e manter o jogador concentrado o suficiente em fazer o seu trabalho: fatiar e encher de balas tudo o que estiver em sua frente.

Há de se elogiar o trabalho de localização guiado pela PlayStation, que mais uma vez mandou muito bem na dublagem do título. Tudo bem que a maioria das palavras proferidas pelos personagens do jogo são impropérios sobre o quanto tudo o que está acontecendo com a cidade é culpa sua. De qualquer forma, ponto a favor da galera do PS4.

Uma saída para tantos problemas é o modo online de Bloodborne, que permite que até outros dois caçadores atuem na mesma Yharnam que você. Isso significa: deixem-os morrerem, enquanto você tenta se manter vivo! Até a gravação do nosso gameplay, a função ainda não estava disponível. Por esse motivo - e para não falar besteira - os comentários sobre o modo online de Bloodborne serão publicados em outra matéria do R7 Jogos.

Resumão

Vale dizer que o primeiro jogo da FromSoftware e de Miyazaki para o PlayStation 4 é um dos melhores títulos já apresentados pelo console da Sony. Completando dois anos de vida, o PlayStation 4 precisava de um título de peso para atrair jogadores mais experientes. Neste caso, Bloodborne cai como uma luva para quem já está familiarizado com a mecânica de outros jogos da "série Souls" (Demon's Souls, Dark Souls e Dark Souls 2).

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