Tetra em 94, Paulo Sérgio defende criticados: ‘Brasileiro é injusto'
Ex-jogador – também contestado por parte da torcida – aprovou a convocação de Tite, mas disse que gostaria de ver o lateral Rafinha entre os 23 convocados
Copa 2018|Cesar Sacheto, do R7
O ex-meia-atacante Paulo Sérgio, tetracampeão mundial na Copa de 1994, considera injustas as críticas de parte da torcida e da imprensa sobre alguns escolhidos de Tite para representar o Brasil no Mundial da Rússia, especialmente o atacante Taison, do Shakhtar Donetsk-UCR.
O ex-jogador também foi rejeitado pela opinião pública. Revelado pelo Corinthians, ele fez teve uma grande passagem pelo clube alvinegro – foi campeão paulista de 1988 e atuou pelo clube até o Estadual de 1993. Depois daquela decisão, Paulo Sérgio foi negociado com o Bayer Leverkusen e fez sucesso no futebol alemão logo na primeira temporada.
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Tal retrospecto o fez ser chamado por Carlos Alberto Parreira para disputar a Copa de 1994, nos Estados Unidos. Mas o sucesso nos clubes e o reconhecimento da comissão técnica brasileira não foram suficientes para lhe garantir o carinho dos torcedores brasileiros.
“O brasileiro é meio injusto e já vivi isso. O Taison fez uma belíssima temporada. Não acho justo essa crítica contra ele. Mas isso faz parte. No setor de ataque, não tem o que mudar. Críticas sempre irão existir. Mas o Tite tem o grupo nas mãos”, lamentou o ex-jogador — atualmente empresário e embaixador da liga alemã de futebol (Bundesliga) — em entrevista ao R7.
Paulo Sérgio cita outro jogador que faz sucesso na Europa, mas ainda é visto com desconfiança pelos brasileiros: Roberto Firmino, finalista da Liga dos Campeões da Europa com o Liverpool.
“O Firmino fez belíssima temporada no Liverpool, mas as pessoas só o viram porque o time dele chegou às finais da Liga dos Campeões e os jogos foram transmitidos ao vivo para o Brasil”, complementou.
Mas, Paulo Sérgio aponta uma ausência na lista de Tite. Para o ex-jogador, o lateral-direito Rafinha, do Bayern de Munique, poderia estar na relação que disputará a Copa da Rússia pela versatilidade em campo.
“É um jogador que pode atuar na direita e na esquerda. E poderia abrir uma vaga no meio de campo. Mas é uma ótima convocação. Justa. São apenas 23 atletas e é muito seletivo. O Brasil tem cerca mais de 22 mil atletas em atividade”, avaliou.
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Camisa 10
O ex-campeão também destacou a qualidade de Neymar e considerou a camisa 10 que o craque usará no Mundial perfeita para as suas características e habilidades.
“Neymar é o 10 pela qualidade que possui. Somos privilegiados por tê-lo. É um jogador de muita qualidade, faz assistências e gols. E o número 10 é isso”, enfatizou o ex-jogador.
Entretanto, Paulo Sérgio fez questão de elogiar também o meia Willian, do Chelsea. “Gosto muito também do Willian. Se tivesse liberdade, iria desenvolver essa função com muita qualidade”, complementou.
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Favoritos na Rússia
O ex-corintiano não vê surpresas entre os favoritos ao título na Rússia e citou as seleções mais tradicionais como principais candidatas a levantar a taça.
“São sempre as mesmas. A França tem bons jogadores, Espanha, Argentina. A Alemanha fez uma reformulação muito boa. Tem jogadores jovens mesclados com outros experientes”, finalizou Paulo Sérgio, que conquistou vários títulos pelo Bayern de Munique. Entre eles, a Liga dos Campeões da Europa na temporada 2000/01 e a Copa Intercontinental (2001).
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