Protagonista na 1ª fase, VAR vira coadjuvante nos mata-matas
Árbitro de vídeo foi utilizado para tirar dúvida em 20 lances durante fase de classificação, mas não definiu nenhum jogo a partir das oitavas de final
Copa 2018|Adalberto Leister Filho, do R7
O VAR, o árbitro de vídeo que revisa lances duvidosos da Copa, saiu do status de estrela da primeira fase para mero coadjuvante nos mata-matas. Nenhum jogo a partir das oitavas de final do torneio foi decidido com a intervenção do árbitro de vídeo.
"O VAR já está aceito. Funcionou. E eu estava cético. Mas os resultados desta Copa do Mundo foram muito positivos. Com o VAR, o futebol é mais transparente e honesto. Já é impossível pensar no futebol sem o VAR", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em entrevista coletiva de avaliação da Copa.
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Na primeira fase, os juízes recorreram ao árbitro de vídeo 20 vezes. Em 14 delas foi para tirar dúvida sobre a marcação de pênalti. Alguns jogos, o uso foi decisivo para o resultado final. Foi o caso da confirmação do gol de Iago Aspas para a Espanha no duelo contra Marrocos. O lance inicialmente havia sido anulado pelo bandeirinha.
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No duelo entre Austrália e França, Griezmann sofreu pênalti que só foi confirmado com o uso do VAR. Lance similar aconteceu entre Colômbia e Senegal, quando a arbitragem anulou penalidade inicialmente marcada de Sánchez em Mané. No confronto entre Brasil e Costa Rica, Neymar teve um pênalti anulado após uso da imagem de vídeo.
Em alguns casos, o uso do VAR não anulou a interpretação do árbitro. Foi o caso da pretensa agressão de Cristiano Ronaldo no iraniano Pouraliganji. Após revisar o lance, CR7 recebeu apenas o cartão amarelo.
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A dúvida para a final de domingo (15), entre França e Croácia, e a disputa do terceiro lugar, entre Bélgica e Inglaterra, neste sábado (14), é se o VAR voltará a ser protagonista da Copa.
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