Messi é garoto-propaganda da Copa do Mundo do Qatar 2022
Craque argentino é quem recepciona visitantes em embalagens de batata a telefones 5G. Aeroporto de Doha ganhou até campo de grama artificial
Copa 2018|André Avelar, do R7, em Doha
Um dos principais pontos de conexão para diversos destinos na Ásia, o Aeroporto Internacional de Doha já elegeu seu craque para a Copa do Mundo. E olha que não se trata exatamente da Rússia 2018, mas do Catar 2022. O rosto de Lionel Messi está por todos os cantos dos imensos e luxuosos saguões do Hamad, em Doha.
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Escolher Messi para tanto seria até normal se o argentino não chegasse a Moscou com tão pouca expectativa. O jogador, que reconsiderou sua despedida da seleção após sucessivos fracassos (Copa do Mundo 2014, Copa América 2015 e Copa América Centenário 2016), se encontra em um time envelhecido de bons valores ofensivos e a eterna deficiência na zaga.
Por isso, perto de completar 31 anos, não soaria estranho se essa realmente fosse a última Copa do camisa 10 que mais perto chegou de Diego Maradona - esse com uma Copa do Mundo. Ainda assim, Messi está lá em diferentes tamanhos, de embalagens de batata chips até telefonia celular de 5G.
O aeroporto de Doha é estratégico também para os negócios. Uma das suas principais mantenedoras, a Qatar Airways foi a primeira a conseguir rasgar a tradição e estampar uma marca na camisa do Barcelona de Messi. Inicialmente, em 2013, o negócio foi fechado por 171 milhões de euros por cinco anos.
Em construção
Se o aeroporto já está pronto para receber os torcedores de todo o mundo, o mesmo não se pode dizer dos estádios. O emirado do Oriente Médio tem prontos apenas oito dos 12 estádios exigidos e não se pode garantir que não haverá atrasos. Para piorar, a Fifa cogitou já para esse Mundial a adoção de 48 seleções (16 a mais do que hoje) o que implicaria na construção de ainda mais arenas.
O urso de pelúcia amarelo enorme, marca registrada do aeroporto, foi envolto por um gramado sintético, com as linhas de futebol demarcadas e imagens da construção dos estádios no fundo. O valor astronômico de US$ 220 bilhões (cerca de R$ 815 milhões) quando reveladas as projeções não foi o maior dos problemas enfrentados pela organização.
A candidatura catari tinha “fortes indícios” de corrupção na compra de votos, segundo o Relatório Garcia, divulgado pela Fifa, no ano passado. Mais do que isso, pesam contra o comitê local acusações de trabalho escravo e, por último, a federação israelense ameaçou não participar do torneio devido a questões políticas.
A Argentina está no Grupo D da Rússia 2018. Os bicampeões mundiais estreiam contra a Islândia no sábado (16), depois pegam Croácia (21) e fecham a primeira fase contra a Nigéria (26).
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