Melhor da Copa, mas não do ano: Fifa só repetiu premiados uma vez
Único a atingir feito foi Romário, em 1994; entre vencedores de Bola de Ouro da revista France Football, bis não ocorre desde Copa do Mundo de 1982
Copa 2018|Adalberto Leister Filho, do R7
O título da Copa do Mundo pode colocar jogadores como Modric ou Mbappé no caminho de quebrar a hegemonia de Cristiano Ronaldo e Messi no prêmio de melhor do mundo dado pela Fifa ou da Bola de Ouro, da revista France Football.
Mas a história tem mostrado que conquistar o Mundial da futebol e ser eleito o craque do torneio não é garantia nenhuma de ser premiado pela Fifa.
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Quem ganhar a premiação da Copa do Mundo terá cinco meses para provar que foi também o melhor da temporada. É algo difícil de acontecer. O último a atingir esse feito foi Romário, eleito melhor jogador da Copa de 1994 e também daquele ano. A Fifa começou a premiar a partir de 1991.
Entre os premiados, há injustiças históricas, como Oliver Kahn, da Alemanha, eleito o melhor da Copa de 2002. O goleiro falhou na final contra o Brasil. Naquele ano, com justiça, Ronaldo foi eleito o craque do ano pela Fifa.
A Copa de 2014, disputada no Brasil poderia conciliar o prêmio do Mundial com o da temporada. Mesmo derrotado na final com a Argentina, Messi foi eleito o melhor da Copa. No entanto, por conta dos títulos conquistados pelo Real Madrid, Cristiano Ronaldo acabou assegurando a premiação de melhor do ano.
Fato parecido aconteceu em 2010, quando Forlán levou o Uruguai ao quarto posto na Copa da África do Sul. Messi ficou com a premiação da temporada. No Mundial anterior, na Alemanha, Zidane foi eleito o melhor da Copa. O craque francês, porém, acabou expulso na decisão contra a Itália. Por conta das boas atuações no Mundial, o zagueiro Fabio Cannavaro acabou abocanhando o prêmio da Fifa.
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Destaque da França na conquista de sua primeira Copa do Mundo, Zidane ganhou o prêmio de Melhor do Mundo de 1998. Mas naquela Copa, Ronaldo, outro que decepcionou na final, é quem foi eleito o melhor do torneio.
Bola de Ouro
Prêmio mais tradicional é a Bola de Ouro da revista France Football, concedido desde 1956. Entre 2010 e 2015, de tanto prestígio, essa premiação foi unificada com a da Fifa. Mas mesmo a condecoração francesa não repete a premiação de melhor da Copa.
O último a atingir esse feito foi Paolo Rossi, eleito o craque da Copa de 1982 e Bola de ouro no mesmo ano.
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Há casos bizarros, como Maradona, melhor da Copa de 1986. Mas a France Football preferiu nomear o soviético Belanov como o melhor jogador daquele ano. Romário, que ganhou o prêmio da Copa e da Fifa em 1994, acabou derrotado pelo búlgaro Stoichkov na premiação da France Football.
No entanto, existe uma explicação objetiva para isso: até 1995, quando o prêmio foi concedido a George Weah, craque da Libéria, a comenda era dada exclusivamente para jogadores europeus.
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