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A distensão e o estiramento podem acontecer durante um chute ou uma dividida, quando o músculo está contraído para produzir a força contra a bola e, de repente, inverte o movimento. A dor pode variar de moderada a muito intensa. Os mais comuns são os estiramentos dos músculos posteriores da coxa. Em 1994, uma lesão dessas pode ter dado uma mãozinha para o tetra brasileiro. Na semi-final, no jogo entre Itália e Bulgária, o craque italiano Roberto Baggio, eleito melhor jogador do mundo em 1993, sofreu uma distensão muscular na parte posterior da coxa direita
Simon Bruty/ALLSPORT/Getty Images
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Baggio sofreu a lesão depois de fazer os dois gols que garantiram a classificação da Itália para a final contra o Brasil - a azzurra venceu a Bulgária por 2 a 1. O então médico da seleção italiana, Andrea Ferretti, chegou a dizer que não sabia se Baggio estaria em campo na final, mas ele foi submetido a um tratamento intenso e, mesmo com dores, entrou em campo. A partida terminou em 0 a 0 tanto no tempo regulamentar quanto na prorrogação. A decisão foi para os pênaltis e, para alegria do Brasil, o atacante italiano chutou para fora
Mike Hewitt/Getty Images
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Um estiramento que causou problemas para os nossos vizinhos argentinos na última copa, em 2014, foi o do meia Ángel Di María, um dos principais jogadores da seleção argentina. Ele sofreu estiramento na coxa direita durante a partida contra a Bélgica, pelas quartas de final. Mesmo sem Di Maria, a Argentina foi para a final, mas o meia fez falta e os hermanos perderam para os alemães
Jamie Squire/Getty Images
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A concussão cerebral é um trauma leve sofrido pelo cérebro, normalmente causado por um forte impacto, uma batida que provoca movimento dentro do crânio e causa lesões cerebrais não-definitivas. O caso mais famoso de concussão cerebral durante uma copa aconteceu na semi final do mundial de 1982, durante uma disputa de bola entre o goleiro alemão Toni Schumacher e o zagueiro francês Patrick Battiston. Ao dominar a bola depois do lançamento feito pelo goleiro, Battiston bateu a cabeça no quadril de Schumacher, que estava em alta velocidade. O francês desmaiou no gramado, sem pulsação, para desespero dos franceses. O jogo terminou em 3 a 3, mas os alemães ganharam nos pênaltis e foram para a final
Steve Powell/Getty Images
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Mesmo sendo um esporte de contato, o futebol não é considerado um esporte violento. No entanto, a intensidade das disputas de bola, faz com que o número de lesões no crânio e na face não seja pequeno. Outro exemplo que marcou a carreira dos jogadores envolvidos foi o que aconteceu entre o brasileiro Leonardo e o norte-americano Tab Ramos no jogo pelas oitavas de final da copa de 1994. No fim do primeiro tempo, Leonardo acertou uma cotovelada no rosto de Tab Ramos na lateral do campo. Tab caiu no chão, enquanto o brasileiro levava um cartão vermelho. Leonardo foi suspenso por quatro partidas e não voltou a jogar naquela Copa. Ramos sofreu um traumatismo craniano e uma fratura no maxilar
Chris Cole/ALLSPORT/Getty Images
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Parece que o mundial de 1994 foi mesmo a Copa das lesões e fraturas. Mais um exemplo é o que aconteceu com o meia espanhol Luis Enrique. Durante a partida contra a Itália pelas quartas de final, ele levou uma cotovelada do zagueiro italiano Mauro Tassotti. O saldo foi o nariz do espanhol quebrado. O juiz não viu o lance, mas, depois do jogo, a Fifa analisou os vídeos e decidiu suspender o italiano por oito partidas - ele nunca mais entrou em campo para defender a seleção italiana
Simon Bruty/ALLSPORT/Getty Images
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A Copa de 1990 também teve um caso de fratura. Foi com o goleiro Nery Pumpido, da Argentina, durante a fase de grupos, na partida contra a extinta União Soviética. Para impedir o gol do adversário, Pumpido e seu colega de equipe, o zagueiro Olarticoechea foram ao mesmo tempo na bola. O problema é que nenhum dos dois encontrou o que procurava e o goleiro levou um chute do zagueiro na perna direita. O saldo foi a perna quebrada. Nery Pumpido foi substituído por Goycochea, que defendeu três pênaltis e levou a Argentina para a final. Pumpido nunca mais defendeu a seleção do país
Simon Bruty/Allsport/Getty Images
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Para o Brasil, a fratura que doeu mais foi a de Neymar, na Copa de 2014. Durante o jogo válido pelas quartas de final contra a Colômbia, o atacante levou uma joelhada nas costas do colombiano Zúñiga. O resultado foi uma fratura na terceira vértebra lombar. Embora considerada leve, a fratura poderia evoluir, por isso, Neymar não voltou a jogar naquele Mundial. O Brasil avançou, mas, sem o craque, sofreu o maior vexame da história, o 7 a 1 contra a Alemanha na semi final
Fabrizio Bensch - Pool/Getty Images