Ex-técnicos da seleção acreditam em recuperação do Brasil
Empate contra a Suíça, na estreia da equipe brasileira, não é motivo para descrença em torno da seleção comandada por Tite, segundo eles
Copa 2018|Eugenio Goussinsky, do R7

O empate do Brasil contra a Suíça, na estreia da equipe brasileira na Copa do Mundo de 2018, foi um tropeço, mas não é motivo para descrença em torno da seleção comandada por Tite. A opinião é de dois ex-técnicos da seleção brasileira, Emerson Leão e José Cândido Sotto Maior, o Candinho.
Leão discorda da opinião de que o empate pode ter sido bom para evitar euforia no início da competição.
"Empate com time menor nunca é bom, mas ainda tem tempo de recuperação".
Ele também considera que a atuação da equipe brasileira não foi convincente. Mas evitou colocar a responsabilidade nas costas de Tite, que participa de sua primeira Copa do Mundo.
"Eu acho que o time tem condições de passar e ser o primeiro do grupo. Quem tem competência não tem crise de competência. Foi um mau dia, foi o que aconteceu e a equipe pagou por isso".
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Na mesma linha, Candinho afirma que Tite está consciente das dificuldades e que o fato de o treinador estar em sua primeira Copa não significa que lhe falte experiência em jogos decisivos.
"Claro que na Copa do Mundo a responsabilidade é maior, mas é normal o empate, não vai ganhar todos os jogos. O Tite não vai se deixar levar por críticas distorcidas, o time vinha jogando bem."
Candinho afirmou ainda que seleções como a Argentina e a Alemanha também não venceram na estreia, que em geral, segundo ele, é um jogo mais fácil para as equipes menos tradicionais, sem tanta responsabilidade.
"Outras seleções de tradição também tiveram dificuldades na estreia. Tite está consciente dessas dificuldades. O que não se pode é mudar de opinião por causa de um jogo. Vamos com calma".
Leão foi técnico do Brasil entre 2000 e 2001. Como goleiro, é o segundo que mais atuou pela seleção brasileira, em 105 jogos. Já Candinho foi auxiliar-técnico de Vanderlei Luxemburgo na seleção brasileira entre 1998 e 2000, tendo dirigido a equipe, como técnico interino, na goleada por 6 a 0 sobre a Venezuela, em 8 de outubro de 2000, pelas Eliminatórias, dias após a demissão de Luxemburgo.
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