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Croácia perde para França, mas conquista 2ª independência na Copa

Exausto fisicamente, time honrou seu passado histórico, brigou muito, mas não conseguiu suportar pressão dos agora bicampeões mundiais no Luzhniki

Copa 2018|André Avelar, do R7, em Moscou, na Rússia

Croatas brigaram até o final, mas não foram páreo para franceses no Luzhniki
Croatas brigaram até o final, mas não foram páreo para franceses no Luzhniki Croatas brigaram até o final, mas não foram páreo para franceses no Luzhniki

O sonhado título ainda não veio, mas a Croácia conquistou neste domingo (15) sua segunda independência. Tudo não passou de um jogo de futebol no Estádio Luzhniki, com alguns feridos, mas sem mortos de uma guerra violenta, na derrota para a França, na final da Copa do Mundo. República da Iugoslávia até o início da década de 1990, o país entrou para a mais preciosa galeria dos eventos esportivos, mesmo com o 4 a 2 em Moscou, na Rússia.

Os gols saíram com Mario Mandzukic (contra) para a França, Ivan Perisic para a Croácia, mas Antoine Griezmann em cobrança de pênalti depois de consulta ao árbitro de vídeo. Já no segundo tempo, Paul Pogba acertou um chute forte da entrada da área para também marcar o seu e, claro, o craque Kylian Mbappé também deixou sua marca. Mandzukic aproveitou bobeada histórica de Hugo Lloris e diminuiu.

O país da icônica camisa quadriculada proclamou sua independência em junho de 1991 mas, três meses depois, forças militares iugoslavas deram início a uma guerra que derramou sangue pelo menos até 1995. Estima-se que 20 mil pessoas morreram no conflito e 400 mil ficaram desabrigadas. O movimento de independência também serviu de motivação para outras bandeiras nos Balcãs. No futebol, o terceiro lugar 20 anos atrás, justamente na França, era a melhor colocação.

A Croácia é, em termos absolutos, o segundo menor país a chegar em uma final de Copa do Mundo, com 4,2 milhões de habitantes - apesar dos números imprecisos da época, estima-se que os donos da casa eram 1,7 milhões no Uruguai 1930. Até por isso, selecionar 23 jogadores talentosos e enfiá-los sob um obediente esquema tático quase instransponível é uma façanha conquistada pela geração de Ivan Rakitic e Luka Modric.

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Vindos de três prorrogações seguidas, os jogadores estavam verdadeiramente esgotados para a final, ainda mais para precisar reverter o marcador duas vezes antes do intervalo. Nesses momentos difíceis da partida, o histórico de vida dos atletas entrou em cena. Era preciso relembrar os tempos difíceis e deixar tudo dentro de campo como já havia prometido o próprio Modric.

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Prova disso quando três patetas deixaram as arquibancadas e invadiram o campo no início do segundo tempo. Ao contrário de muitos jogadores até complacentes com esse tipo de atitude, Dejan Lovren por pouco não trocou socos com um dos invasores que até demoraram para serem retirados do gramado.

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Só a garra, no entanto, não bastou. A França, inclusive mais acostumada a decisões, soube se defender como time pequeno e atacar com time grande. Mbappé provou que já é um dos grandes do futebol mundial e comandou o segundo título de Copa do Mundo do seu país. A Croácia, por sua vez, empregou a força histórica de outros tempos para diminuir e conquistar sua segunda independência.

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