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Copa 2018

"Copa do Mundo é o maior Shopping Center do futebol", diz empresário

Ele afirmou que neste momento centenas de empresários estão na Rússia para negociar jogadores nesta janela que se abriu no último dia 1

Copa 2018|Eugenio Goussinsky, do R7

Mercado fica aquecido durante o Mundial de futebol
Mercado fica aquecido durante o Mundial de futebol

Centenas de empresários estão acompanhando a Copa do Mundo de perto, interessados em negociação de jogadores após a competição, muitas vezes independentemente da vontade dos treinadores das seleções.

Essa é a afirmação feita ao R7 por um experiente empresário ligado ao mundo do futebol, que esteve presente nas Copas de 2006, 2010 e 2014. Tendo participado de várias negociações internacionais de peso, ele preferiu não ter seu nome divulgado.

"Não há como negar que a Copa do Mundo é um shopping center de futebol. Os jogadores estão no auge, e a consequência natural do mercado é estar muito aquecido. Cada jogador tem seu empresário, mas o contato entre eles durante a Copa depende de vários fatores, como o próprio desejo do empresário e a determinação da comissão técnica."

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Ele mesmo já viajou a pelo menos três Mundiais e sabe que, muitas vezes, os empresários passam o torneio inteiro seguindo as delegações em que se encontram seus jogadores. Frequentam luxuosos lobbies de hoteis e, entre um uísque e outro, ao som de um piano, engatam negociações que podem determinar o futuro das grandes equipes. A Copa do Mundo, segundo ele, se tornou a maior convenção informal do futebol.

"O mercado corre junto com os jogadores. Seu um faz três gols, como o Yerry Mina, já desperta interesse, como um produto que passa a ter grife, ganha etiqueta."


Estilos de empresários

Segundo ele, não há um perfil definido para um empresário. Cada um tem um estilo. Uns mais discretos, enviam interlocutores para conversar com jogadores. Outros dão as caras. Mas todos têm um objetivo em comum: ganhar muito dinheiro com o futebol, que já não é um esporte apenas das multidões. É o das multiplicações. Nesta Copa do Mundo, o empresário acredita que as negociações ultrapassarão 6 bilhões de euros (R$ 27,2 bilhões). A janela na Europa foi aberta no último dia 1º e se estende até o próximo dia 31 de agosto (ou 1º de setembro, dependendo do país).


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"A Copa do Mundo é o principal momento do futebol. Para o empresário, ver um jogador dele no evento é como ver a noiva no dia do casamento. Muitos, mas muitos negócios são feitos, ou então encaminhados para uma negociação futura, que nem precisa ser imediata. De repente, um jogador contratado um ano após a Copa, conseguiu isso graças à Copa. Mas poucos acabam associando isso".

Jogadores em baixa

Em relação à desvalorização de jogadores que, por exemplo, perdem pênaltis, ou têm atuações decepcionantes, ele diz que, como o patamar financeiro deles é geralmente alto, uma derrocada também é difícil.

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"A Copa do Mundo pode não ser determinante para a plena desvalorização de um jogador. Mas certamente é um fator que impedirá sua valorização, se o seu desempenho não for bom."

Negócios da Copa

Amir Somoggi, presidente de uma importante consultoria de marketing esportivo, também vê na Copa do Mundo um impulso para negócios que já vêm crescendo.

"É uma grande vitrine, as negociações vêm crescendo não só por causa da Copa, mas com a introdução dos russos, dos árabes, dos maiores investimentos dos clubes. Mas, jogadores como James Rodriguez, por exemplo, se valorizaram na Copa e acabam negociados imediatamente com grandes equipes. Muitas vezes, vão por valores bem acima do real potencial deles, justamente por causa da Copa do Mundo."

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Além de James, o goleiro da Costa Rica, Kaylor Navas foi para o Real Madrid por causa do Mundial de 2014. O mesmo ocorreu com o alemão Toni Kroos, que foi para a equipe espanhola poucos dias depois do fim da Copa de 2014.

Já o Mundial de 2010 influenciou no retorno de Cesc Fabregas ao Barcelona. Em 2006, o desempenho em Copa do Mundo foi determinante para Fabio Cannavaro se transferir da Juventus para o Real Madrid.

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