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Brasileiro que joga na Rússia fala de racismo e teme hooligans na Copa

Há 8 anos na Rússia, atacante Ari, campeão nacional com o Lokomotiv Moscou neste ano, diz que ainda enfrenta preconceito nas arquibancadas

Copa 2018|

Lokomotiv Moscou conquistou o título do Campeonato Russo nesta temporada
Lokomotiv Moscou conquistou o título do Campeonato Russo nesta temporada Lokomotiv Moscou conquistou o título do Campeonato Russo nesta temporada

Há oito anos no futebol russo, o brasileiro Ari já pode se dizer um conhecedor do país que receberá a Copa do Mundo a partir do dia 14. E ele gostou tanto da Rússia que até se naturalizou.

Em entrevista, o atacante que foi campeão nacional pelo Lokomotiv Moscou nesta temporada, dá boas dicas do que é o futebol no país dos czares e de como a torcida se comporta nas arquibancadas. Também aponta as belezas de Moscou.

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Apesar de viver bem e não querer voltar ao Brasil, ele também denuncia preconceito contra jogadores estrangeiros no país-sede do Mundial.

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Um exemplo é o racismo. Ari conta que já passou por problemas desse tipo na Rússia. "Já fui xingado por causa da minha cor em clássicos contra o Spartak, por exemplo. Não foi nada legal. E também sei que houve casos com o Hulk e com o Roberto Carlos. Mas acho que está diminuindo nos últimos anos, tenho esperança de que não aconteça durante a Copa", diz o brasileiro. Recentemente, a Rússia foi multada em 30 mil euros (R$ 128 mil, na cotação atual) por manifestações racistas de torcedores contra atletas franceses em amistoso em Moscou.

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Violência da torcida

Durante a Eurocopa de 2016, disputada na França, torcedores russos entraram em confronto com os ingleses; em 2018, foi noticiado que os mesmos grupos fizeram um acordo com "barras bravas" argentinos para enfrentar novamente os britânicos. Ari diz que não ouviu falar desse acordo, mas comenta sobre a violência local. "Os caras marcam pela internet e brigam mesmo. Eles são malucos, sem medo. Vão na mão mesmo, sem usar armas. Já vi acontecer nas torcidas de times como Spartak, Dínamo, CSKA", afirma.

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A violência entre torcidas na Copa é um dos assuntos para os quais a Rússia procurou se preparar na área de segurança - além de possíveis ameaças terroristas do Estado Islâmico ou de grupos de regiões separatistas do país.

Arenas da Copa

Ari já jogou em alguns do estádios da Copa, como o Krestovsky, nova casa do Spartak, no Lujniki, que sediará a abertura e a final, e na Arena Zenit. O jogador diz ter se impressionado com as decorações e o luxo das novas arenas. O elogio vai principalmente para o Krestovsky, onde o atacante diz ter gostado de jogar pela proximidade da torcida com o campo.

Também jogando na Rússia, o zagueiro Guilherme Sampaio se impressionou com outro estádio. "Fomos jogar contra o Zenit em São Petersburgo e é impressionante aquilo. A estrutura é incrível, não perde em nada para os outros países da Europa", afirmou o atleta do Akhmat Grozny, que chegou ao país da Copa no meio de 2017.

Sobre a seleção anfitriã da Copa, Ari comenta que ela está abaixo dos outros times da Europa, e que o grupo com Uruguai, Egito e Arábia Saudita pode ajudar. "Acho que se passarem da fase de grupos, já estará de bom tamanho".

Dicas

Ari também revelou alguns locais de Moscou que acredita que merecem ser visitados. "Tem os clássicos como Praça Vermelha e Kremlin, e ao redor deles há shopping e restaurantes bons, alguns no topo de prédios de 85 andares. Há alguns passeios de barcos legais e as estações de metrô são lindas". Segundo ele, quem for para Moscou não precisará se preocupar com a alimentação, já que a cidade contém restaurantes internacionais.

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