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Copa 2018

Brasil dá quase uma volta ao mundo para chegar às oitavas

Quilometragem percorrida pelo time desde Sochi, até as cidades onde atuou, é equivalente a uma viagem entre Brasil e Israel, que fica na Ásia

Copa 2018|Eugenio Goussinsky, do R7

Jogadores são também viajantes em Copas do Mundo
Jogadores são também viajantes em Copas do Mundo

Principalmente após a Copa do Mundo passar a ter 32 seleções, em 1998, a competição virou sinônimo de deslocamento. Os jogadores são também viajantes pelo país onde disputam as partidas, cruzando quilômetros, léguas, milhas, planícies e planaltos em busca de três pontos.

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Só para chegar às oitavas desta Copa de 2018, a serem realizadas na segunda-feira (2), em Samara, a equipe do Brasil teve de percorrer 9 mil quilômetros pela Rússia, viajando desde Sochi a Rostov, São Petesburgo e Moscou, retornando sempre para Sochi.

Quando entrar em campo contra os mexicanos, terá percorrido mais 1831 quilômetros, de Sochi a Samara, totalizando até aquele momento 10.843 km.


A seleção praticamente percorreu a mesma distância entre Brasil, na América do Sul, e Israel, na Ásia. É como se o Brasil tivesse dado quase uma volta ao mundo para chegar às oitavas.

Na Copa do Mundo de 2014, o Brasil, saindo e voltando sempre para a concentração em Teresópolis, percorreu 8.379 quilômetros até as oitavas.


Em 1994, o último Mundial sem tantos deslocamentos, o Brasil, concentrado em Los Gatos, Califórnia, percorria apenas 28 quilômetros para jogar em Palo Alto, onde atuou quase toda a primeira fase.

Só foi para Detroit, a 3918 quilômetros, para a última partida da primeira fase, contra a Suécia. Depois jogou as quartas em Dallas e retornou para fazer a semifinal e a final em Los Angeles, também na Califórnia.


O grande trauma de viagens do Brasil, no entanto, é antigo. Ocorreu uma única vez e bastou. Foi na Copa do Mundo de 1938, quando os brasileiros se queixaram de ter de se deslocar muito pela França, de trem.

Jogaram em Strasburgo, contra a Polônia, viajando 969 quilômetros para dois jogos em Bordeaux, contra a Tchecoslováquia, em dois dias (o segundo foi desempate).

Então a delegação percorreu mais 646 quilômetros até Marselha, para jogar a semifinal três dias depois e, esgotados, os jogadores voltaram a Bordeaux para vencer a disputa pela terceira colocação.

A partir daquele Mundial, os jogos ficaram mais restritos a uma sede. Na Copa de 1970, por exemplo, o Brasil só saiu de Guadalajara para disputar a final, na Cidade do México, a 533 km.

Mas com a globalização e a transformação do esporte em negócio, questões empresariais e turísticas fizeram da Copa do Mundo um evento itinerante para as seleções.

A partir de então, passou a fazer sentido concreto a velha frase de que o treinador da seleção carrega o mundo nas costas. Isso quando ganha. Quando perde, o mundo cai na sua cabeça.

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