Autor britânico de biografia de Sócrates fala sobre seu legado
Traduzido também para Francês e Italiano, livro foi indicado para prêmio Sports Book Awards, no Reino Unido, e terá suas versões para Turco e Polonês
Copa 2018|Guilherme Padin, do R7
Há pouco mais de seis anos, no dia em que o Corinthians se sagrou pentacampeão brasileiro, Sócrates, ídolo do clube e do futebol nacional, falecia aos 57 anos.
Devido ao seu futebol vistoso, peça importante da seleção brasileira de 1982 — recentemente elogiada por Pep Guardiola —, e à sua influência fora de campo, como na Democracia Corintiana, o craque tem seu legado vivo até hoje.
Prova disso é Doctor Socrates, sua biografia, escrita pelo jornalista escocês Andrew Downie.
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O livro foi a primeira obra sobre um brasileiro a compor a lista dos finalistas que disputaram o tradicional prêmio Sports Book Awards, dado ao melhor livro sobre esportes do ano. O vencedor será descoberto em junho.
Autor da biografia, Downie conversou com o R7 sobre Sócrates, sua influência fora de campo e a repercussão da obra em seu país.
“O livro foi muito bem recebido. Está sempre na lista dos livros mais vendidos sobre a América do Sul na Amazon. Já foi traduzido para Francês, no ano passado, e Italiano, que será publicado no mês que vem. E está sendo traduzido agora para Turco e Polonês agora”, conta o autor da biografia.
“Das 30 pessoas que deixaram resenhas na página da Amazon, todas deram 5 estrelas — o máximo”, explica Downie.
Com tal repercussão, pode-se concluir que a história de um dos expoentes da memorável seleção brasileira de 1982 já era de interesse dos britânicos? Para o jornalista, sim.
“Sócrates é bastante conhecido. Todos lembram e adoram o time de 1982, do qual [ele] era capitão. Esse time cativou o mundo. Além disso, Sócrates é um ícone progressivo, pela Democracia Corinthiana, pela medicina, pela luta que ele viveu contra a ditadura”, afirma Downie, que faz questão de ressaltar a presença dos brasileiros no Reino Unido.
“Tem muitos brasileiros que moram lá, pois o mundo é pequeno agora com a globalização. Na sexta passada, eu estava comprando uma camiseta em Edimburgo e conversei com dois brasileiros na fila para a caixa. Também há muitos jogadores. Desde Mirandinha, nos anos 80, até Firmino, Willian, Richarlyson, Ederson, etc.”, disse ele.
“Hoje a Premier League está cheia de brasileiros. Todo mundo reconhece o talento que vocês têm com a bola, e todo mundo gosta de ter um jogador brasileiro no time”, completou.
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