Uma corrida no Anhembi e um show em Interlagos. O inaugural ePrix de São Paulo, em 25 de março, ao redor do sambódromo, acontecerá no mesmo dia do festival Lollapalooza, que será realizado no autódromo. Para a prefeitura, não há problema receber os dois eventos nesses dois locais.
Como parte de seus valores, a categoria de carros elétricos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) não se propõe a correr tanto em circuitos quanto a Fórmula 1, por exemplo. Ainda assim, para esta nona temporada, a tendência é que mais corridas sejam disputadas em circuitos tradicionais.
No evento de lançamento do ePrix, no prédio da prefeitura, o prefeito Ricardo Nunes garantiu que os eventos estão, sim, nos lugares certos. Além disso, a expectativa de 8.000 empregos gerados direta e indiretamente também é um chamariz, além da lotação hoteleira.
“Acontecendo eventos simultâneos, um na zona sul e outro na zona norte, a gente não vai ter nenhum problema para atender todo esse público e essa população”, disse Nunes. “Está muito tranquilo, vai ser necessário fazer adequação de transporte e em demais eventualidades.”
Desenvolvedor, embaixador e piloto, campeão da categoria em 2017, Lucas Di Grassi defendeu a prova que, dessa vez, não fechará a marginal Tietê para o trânsito.
“A Fórmula E tem esse propósito de levar os carros elétricos para onde eles precisam ser usados, que são os grandes centros, as grandes cidades”, disse.
Investimentos para a cidade
“A FE identificou o Anhembi como um lugar ideal, muito técnico e com as particularidades para uma ótima corrida. A relação custo-benefício também é muito boa para São Paulo. O que a prefeitura investe é muito pouco perto do retorno, sem falar nas preocupações de meio ambiente”, disse Gustavo Pires, presidente da SPTuris, que também projetou 128 milhões de dólares em recursos para a cidade.
Além da etapa de São Paulo, já estão confirmados os ePrix de México, Arábia Saudita, Índia, Alemanha, Mônaco, Coreia do Sul, Indonésia, Itália e Reino Unido, além de três corridas a serem definidas.
O contrato da FE com a capital paulista é de cinco anos.
*Estagiária do R7, sob supervisão de André Avelar
Fórmula E: categoria dos carros elétricos desembarca pela 1ª vez em São Paulo