Corrida da FE no sambódromo de SP acontece no mesmo dia de festival de música em Interlagos
Primeiro ePrix no Brasil será disputado em 25 de março, em circuito montado ao redor do Anhembi; marginal não será fechada
Automobilismo|André Avelar e Isabella Pugliesi Vellani*, do R7
Uma corrida no Anhembi e um show em Interlagos. O inaugural ePrix de São Paulo, em 25 de março, ao redor do sambódromo, acontecerá no mesmo dia do festival Lollapalooza, que será realizado no autódromo. Para a prefeitura, não há problema receber os dois eventos nesses dois locais.
Como parte de seus valores, a categoria de carros elétricos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) não se propõe a correr tanto em circuitos quanto a Fórmula 1, por exemplo. Ainda assim, para esta nona temporada, a tendência é que mais corridas sejam disputadas em circuitos tradicionais.
No evento de lançamento do ePrix, no prédio da prefeitura, o prefeito Ricardo Nunes garantiu que os eventos estão, sim, nos lugares certos. Além disso, a expectativa de 8.000 empregos gerados direta e indiretamente também é um chamariz, além da lotação hoteleira.
“Acontecendo eventos simultâneos, um na zona sul e outro na zona norte, a gente não vai ter nenhum problema para atender todo esse público e essa população”, disse Nunes. “Está muito tranquilo, vai ser necessário fazer adequação de transporte e em demais eventualidades.”
Desenvolvedor, embaixador e piloto, campeão da categoria em 2017, Lucas Di Grassi defendeu a prova que, dessa vez, não fechará a marginal Tietê para o trânsito.
“A Fórmula E tem esse propósito de levar os carros elétricos para onde eles precisam ser usados, que são os grandes centros, as grandes cidades”, disse.
Investimentos para a cidade
“A FE identificou o Anhembi como um lugar ideal, muito técnico e com as particularidades para uma ótima corrida. A relação custo-benefício também é muito boa para São Paulo. O que a prefeitura investe é muito pouco perto do retorno, sem falar nas preocupações de meio ambiente”, disse Gustavo Pires, presidente da SPTuris, que também projetou 128 milhões de dólares em recursos para a cidade.
Além da etapa de São Paulo, já estão confirmados os ePrix de México, Arábia Saudita, Índia, Alemanha, Mônaco, Coreia do Sul, Indonésia, Itália e Reino Unido, além de três corridas a serem definidas.
O contrato da FE com a capital paulista é de cinco anos.
*Estagiária do R7, sob supervisão de André Avelar
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