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BRASILEIRO 2022

Chefe da F1 critica reivindicação de Massa por título de 2008: 'Não sou fã de mudar resultado'

Na época, o brasileiro pilotava pela italiana Ferrari, mas perdeu o campeonato por 1 ponto para Lewis Hamilton, da McLaren

Automobilismo|Do R7

Vasseur se tornou chefe da Ferrari na temporada de 2023
Vasseur se tornou chefe da Ferrari na temporada de 2023

O chefe de equipe da Ferrari, Fred Vasseur, foi cauteloso ao comentar o fato de o ex-piloto da equipe Felipe Massa buscar indenização do esporte por ter perdido o campeonato de 2008. Mas, o francês não escondeu que desaprova a mudança de resultados depois do fim das corridas.

Vasseur disse que as equipes querem saber o resultado das corridas na bandeira quadriculada, e não depois das comemorações do pódio. “Não quero fazer nenhum comentário, mas com certeza seria estranho”, afirmou, sobre qualquer possível reinvestigação do que aconteceu há 15 anos. “Não sou um grande fã de mudar o resultado da corrida 15 minutos depois da bandeira quadriculada.”

Os advogados do brasileiro notificaram na semana passada o presidente-executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, e Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), sobre a intenção de reivindicar indenização.

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Eles argumentaram que Massa perdeu dezenas de milhões de euros em prováveis ​​ganhos e bônus como resultado de os chefes da equipe Renault terem determinado o Grande Prêmio de Cingapura de 2008 com um acidente deliberado. Massa foi “vítima de uma conspiração cometida por indivíduos do mais alto nível da F1, juntamente com a FIA e a administração da Fórmula 1”, disseram os advogados.


Um porta-voz da FIA confirmou na semana passada o recebimento de “correspondência” dos representantes de Massa e disse que o assunto estava sob revisão. Ainda não houve uma resposta da Fórmula 1.

"Como você pode imaginar, não quero fazer nenhum comentário sobre esse assunto. Tenho um bom relacionamento com todas as partes interessadas nessa história e é bastante complicado", disse Vasseur aos repórteres, em uma videochamada antes do Grande Prêmio da Holanda, neste fim de semana. "Com certeza as circunstâncias foram completamente excepcionais."


Massa, que liderava a corrida antes da batida do compatriota Nelson Piquet Jr., acabou perdendo o campeonato por 1 único ponto para o britânico Lewis Hamilton, que então corria pela McLaren. O escândalo, amplamente conhecido como "Crashgate", só surgiu um ano depois e levou à suspensão dos chefes da equipe Renault.

Massa liderava o Grande Prêmio de Cingapura de 2008 quando Piquet Jr. bateu sua Renault no muro na volta 14 da corrida, de 61 voltas. A batida acionou o safety car e beneficiou o então companheiro de Piquet Jr., o espanhol Fernando Alonso, que venceu a corrida. Massa não conseguiu pontuar após um pitstop problemático.

Massa procurou aconselhamento jurídico depois que o ex-chefe da F1 Bernie Ecclestone disse em março que ele e o ex-presidente da FIA Max Mosley sabiam em 2008 que o acidente do então piloto da Renault Nelson Piquet Jr. foi deliberado, mas não agiram.

Ecclestone, de 92 anos, afirmou à reportagem na semana passada que não se lembra de ter dito as principais declarações atribuídas a ele. Mosley morreu em 2021.

O francês, que comandou a equipe Renault em 2016, assumiu a Ferrari em janeiro e não estava na Fórmula 1 em 2008.

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