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Atletas se mobilizam para ajudar no combate ao novo coronavírus no Brasil

SAUDE-CORONAVIRUS-ATLETAS-CARIDADE:Atletas se mobilizam para ajudar no combate ao novo coronavírus no Brasil

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(Reuters) - Com o aumento de infecções pelo novo coronavírus no Brasil e a ameaça crescente de disseminação nas favelas, alguns dos principais atletas do país estão se unindo para ajudar as comunidades mais vulneráveis.

O medalhista olímpico de judô Flávio Canto está entre aqueles que dedicam seu tempo e dinheiro para combater o surto de Covid-19 no país, que confirmou 13.717 casos e 667 mortes pelo vírus até terça-feira.

"Quando tudo isso acabar, aqueles que têm muito vão ter menos, mas ainda vão ter mais do que a maioria. Então, eles têm a obrigação de ajudar aqueles que não têm nada", disse à Reuters o ex-judoca do Rio de Janeiro.

Medalhista de bronze na categoria até 81 kg em Atenas 2004, Canto também é conhecido por seu trabalho com o Instituto Reação, uma instituição de caridade que usa artes marciais para ajudar a transformar a vida de jovens.

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Canto está arrecadando recursos para um projeto que dará uma bolsa mensal a milhares de famílias no Rio e em Cuiabá que estão em quarentena ou sofrem financeiramente devido à necessidade de se isolar.

A ajuda mensal de cerca de 100 reais vem na forma de um cartão pré-pago que pode ser usado em supermercados locais.

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Em meio a discussões sobre a estratégia do governo contra o vírus, Canto defende que os atletas são o grupo ideal para liderar os esforços de assistência porque têm a confiança do povo.

"Um dos grandes problemas no Brasil é que as pessoas não confiam que seu dinheiro e suas doações vão ser distribuídos corretamente", afirmou ele por telefone.

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"Eu tenho 20 anos de experiência nesse ramo e sei como funciona; os outros atletas que estão ajudando têm o mesmo perfil e, por isso, têm credibilidade.”

DUNGA PEDE DOAÇÕES

Um desses atletas é Dunga, capitão da seleção brasileira campeã da Copa do Mundo de 1994.

O ex-volante do Internacional e da Fiorentina está trabalhando junto a empresas e ex-jogadores --incluindo Jorginho, Edmilson e Paulo César Tinga-- para ajudar comunidades carentes no Rio Grande do Sul.

Como Canto, Dunga administra uma instituição beneficente há muitos anos, ajudando orfanatos, asilos e projetos sociais.

Nos últimos dias, ele convenceu donos de supermercados, produtores de alimentos e empresas de transporte a doar e distribuir mais de 10 toneladas de alimentos para instituições de caridade locais, à medida que mais e mais pessoas sofrem com o vírus.

"A gente viu que há muitas pessoas nas comunidades pobres que são autônomas, que não têm trabalho e não têm o que comer. Então, liguei para os amigos com quem ainda jogo bola e disse: 'Vamos fazer algo para ajudar?'", afirmou Dunga à Reuters.

Dunga passou grande parte de seu tempo da última semana não apenas ligando para amigos pedindo ajuda, mas também carregando caixas de produtos para caminhões e entregando frutas e legumes para instituições de caridade.

Sua ajuda mais próxima vem de ex-jogadores, mas alguns profissionais ativos também contribuíram.

O meia argentino Andrés D'Alessandro, que joga pelo Internacional, esteve com ele na terça-feira, e os dois carregaram sacos de produtos até carros e caminhões.

De acordo com informações da mídia, os jogadores Neymar, Roberto Firmino e Paulinho também contribuíram em seus Estados de origem.

Dunga incentivou mais atletas a se envolverem.

"Nós, ex-profissionais, ainda temos muitas portas abertas", disse ele. "Imagine os jogadores atuais."

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