Aos 20, ‘Cachorrão’ atingiu marcas históricas com ouro em seu 1º Pan
Na prova em que Guilherme Costa foi vitorioso, Brasil não tinha um campeão pan-americano desde 1951, em Buenos Aires, na primeira edição dos Jogos
O nadador Guilherme Costa, ou apenas Cachorrão, foi o responsável por conquistar o 53º ouro brasileiro nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. Com esta marca, o Brasil ultrapassou seu recorde de medalhas douradas (52) em uma edição de Pan, atingido na Rio 2007.
Logo após a prova, Guilherme se alegrou com o resultado histórico e afirmou que sequer tinha ideia do feito. “Eu nem sabia [que era o 53º ouro], mas fiquei muito feliz de ter sido a minha medalha. Acho incrível ultrapassar a marca, como foi em casa, no Rio, era melhor pra gente... Esse ouro é um sonho pra mim. Sempre quis estar num Pan”, afirmou Cachorrão, como é conhecido entre os amigos.
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O apelido surgiu de uma forma inusitada, como o atleta relatou: “Um cachorro me mordeu na praia uma vez, quando estava com meus amigos de férias. E aí nós voltamos no outro dia e o cachorro não estava mais. E aí eles ficaram me zoando, falando que o cachorro morreu porque me mordeu. E aí pegou [o apelido de Cachorrão]”. A partir dali, ainda adolescente, ganhou o apelido pelo qual é chamado até pelos colegas de natação.
Ainda sem mensurar o tamanho de sua conquista, Guilherme, de apenas 20 anos, disse que se sentiu muito feliz por conquistar a medalha de ouro logo em seu primeiro Pan. “Era um sonho para mim estar aqui e conquistar essa medalha”, contou ele.
Nesta prova%2C ouro não vinha há 68 anos
Ser o dono da medalha que superou o número de ouros dos Jogos Rio 2007 não é a única marca histórica de Guilherme. Com a conquista em Lima, ele foi o primeiro brasileiro a ganhar a prova em uma edição de Pan-Americano nos últimos 68 anos.
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Antes do jovem nadador, o Brasil teve apenas um vencedor dos 1.500 m livre: em 1951, no primeiro Pan da história, em Buenos Aires, Tetsuo Okamoto chegou ao lugar mais alto do pódio. Naquela edição, Okamoto também faturou o ouro nos 400 m livre e a prata nos 4x200 m livre.
Neste intervalo de quase sete décadas, apenas três brasileiros conquistaram medalhas nesta prova: Djan Madruga (bronze na Cidade do México, em 1975, e prata em San Juan, em 1979), Marcelo Jucá (prata em Caracas 1983) e Luiz Lima (pratas em Mal del Plata 1995 e Winnipeg 1999).
Cachorrão se tornou fundista graças ao faro de treinador
A trajetória de Guilherme Costa com a natação ganhou seus primeiros capítulos graças a influências da família, quando ainda era criança. “Os meus avós nadavam e sempre insistiam para que eu fosse com eles um dia”, contou Cachorrão, e prosseguiu: “Aí eu fui e acabei ficando”.
Para chegar até o ouro em Lima, ele teve de deixar de competir na prova que mais gostava e se dedicar àquela na qual se saía melhor.
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“No início eu nadava 200 m borboleta. Me tornei fundista (nome dado aos especialistas em distâncias acima dos 5.000 m). Meu técnico disse que eu me daria bem nas provas de fundo, e aí eu quis testar. Na minha primeira prova acabei me saindo muito bem e fiquei, acreditando nele”, contou Guilherme, se referindo a Rogério Karfunkelstein, que ainda é seu treinador. “Sinto saudades de nadar borboleta. Quando posso, ainda nado lá no Brasil”, disse.
O agora campeão pan-americano Cachorrão, que detém o recorde sul-americano dos 1.500 m livre (14min59s01), pode se tornar uma referência na modalidade. Por enquanto, é mais fã que ídolo. Perguntado sobre seu espelho na natação, ele cita três: “Dentro do Brasil, o Thiago Pereira e o César Cielo. Fora, o [Michael] Phelps”.
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