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Abner Teixeira derrota britânico e fica a uma vitória da medalha no boxe

|Do R7

Em duelo muito equilibrado, Abner Teixeira venceu o britânico Cheavon Clarke, nesta terça-feira pela manhã, horário de Brasília (noite em Tóquio) e passou para as quartas de final na categoria peso pesado (até 91kg) no boxe dos Jogos Olímpicos. O brasileiro venceu por 4 a 1, em decisão dos jurados: 29 a 28 (três vezes), 30 a 27 e 27 a 30.

Com o resultado, Abner volta ao ringue na sexta-feira, às 7h39, para enfrentar Hussein Eishaish Hussein IashAish, da Jordânia. Se vencer, o medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Lima-2019 vai garantir pelo menos um lugar no pódio, pois no boxe não existe a disputa do terceiro lugar. O lutador que perde na semifinal, automaticamente fica com o bronze.

Canhoto, mais alto que o adversário e com bom jogo de pernas, Abner adotou uma postura de contra-ataque, enquanto o britânico apostou no duelo na curta distância, com golpes na linha de cintura. Mais efetivo, Clarke venceu o primeiro round para três jurados.

No segundo, Abner conseguiu manter o rival mais afastado e, com ganchos, atingiu a cabeça e o corpo. O britânico não teve tanta ação ofensiva e, com isso, foi o brasileiro que se apresentou melhor nos três minutos.


O assalto decisivo foi ainda mais equilibrado, mas Abner teve melhor preparo físico, se movimentou bem pelas laterais, evitou ser atingido, e aplicou pelo menos dois bons golpes, o que fez com que três jurados o apontassem como vencedor do round.

"Para lutar uma Olimpíada você tem que estar na melhor condição possível. Esses caras estão na melhor forma da vida deles e cada luta é como se fosse pela medalha de ouro. Você não pode achar que é fácil", disse Abner, após o duelo.


"Quando cheguei em Tóquio não caiu a ficha. Mas quando cheguei e vi a Vila, a estrutura do COB e tudo mais, eu vi que era real, é a conquista de um sonho. Ver os brasileiros ganhando medalha, ver o campeão olímpico, serve como inspiração para entrar com tudo para cima dos caras", afirmou o peso pesado, que é oriundo de

projetos sociais. Em Sorocaba (SP), o então adolescente precisava caminhar seis quilômetros diariamente para


chegar à academia em que treinava.

"Em 2012, eu vi a olimpíada pela televisão e parecia ser algo inalcançável. Em 2016, fui sparring do Juan Nogueira no Rio e hoje estou aqui. Quero aproveitar e agradecer a todos que me ajudaram e torceram por mim", concluiu, bastante emocionado.

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