Querido por velocistas, técnico do atletismo ensina receita do sucesso
Treinador da seleção brasileira, Felipe Siqueira aposta em parceria e guia seus comandados a títulos mundiais e ouros nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019
Ser o responsável por liderar uma geração de atletas muito promissores, levá-los a um título histórico e administrar suas personalidades certamente não é tarefa fácil. Esta é a função de Felipe Siqueira, de 32 anos, técnico da seleção brasileira masculina de atletismo. Foi ele o treinador da conquista no Mundial no revezamento 4x100 m, em maio, no Japão, e do ouro nos Jogos Lima 2019.
“’Meu pai sempre falou uma coisa: ‘Trabalhe duro e seja honesto que as portas sempre vão estar abertas’”, contou ao R7 o treinador que, assim como seus velocistas, também está realizando sonhos este ano.
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Alcançar o título mundial e tantas medalhas no Pan-Americano tocou os sentimentos de Siqueira. Logo no início da entrevista, quando perguntado sobre sua história e início no esporte, o técnico chorou. Ele disse que seu sonho sempre foi chegar onde está, e justificou a emoção pelo longo caminho até suas primeiras vitórias: “Me emociono assim porque é difícil pra gente que sai de cidade pequena, né? E ainda mais abdicar da família pra poder estar aqui”.
Seu filho completou um ano de vida na última quinta (8). Ao falar de Benjamin e de Gisele, a esposa, se emociona de novo. “Estou com muitas saudades dele, da minha esposa (Gisele). E semana que vem nós vamos comemorar o aniversário dele, e pode ter certeza que a molecada toda vai estar lá comigo”, assegurou o treinador, que nutre ótima relação com seus atletas.
Para ‘domar’ as feras, tem que ser parceiro
Com tantos talentos em mãos, o jovem treinador já demonstra que sabe administrar bem os diferentes perfis de atletas da seleção. Os velocistas brasileiros citam Felipe em diversos momentos e, quando são perguntados sobre o técnico, demonstram admiração.
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“Ele me ajuda em tudo e é muito importante para mim. Minha temporada surpreendente passa muito por ele”, disse Alison Brendom, ouro nos 400 m com barreiras, em Lima. Atual campeão mundial e pan-americano no revezamento 4x100 m, Derick Souza também demonstra gratidão pelo treinador: “Comecei a trabalhar com ele em 2015. De lá pra cá vem me ajudando muito. Fui vice no Mundial de Menores com ele. Em 2016, quando minha equipe no Rio acabou e o Felipe voltou pra São Paulo, ele me chamou. Eu só estava com ele há um ano, mas confiava muito em seu trabalho e aceitei. E tá dando tudo certo. Agradeço muito a ele por isso”.
Ao saber da admiração de seus atletas, Felipe sorri de orelha a orelha. Para ter o respeito dos comandados, o segredo é a cumplicidade. “Infelizmente o dia a dia é muito duro e não vivemos só de alegrias. Então, se você não está junto com o cara, se você não traz o cara junto de você, com essa cumplicidade, as coisas não fluem e das medalhas não vêm”, disse ele, que completou: “A relação de confiança entre treinador e atleta deve ser igual à de marido e mulher. No esporte, em geral, a carreira é muito curta. Não dá pra ser só treinador. A gente tem que ser amigo também”.
Felipe se diz grato pela confiança dos atletas que treina e fala sobre relação com eles. “Até frequentam minha casa. Inclusive, na semana que vem vou comemorar o aniversário do meu filho, e pode ter certeza que a molecada toda vai estar lá”, disse.
De Salesópolis (SP) para o mundo
Nascido e crescido em Salesópolis, pequena cidade na região metropolitana de São Paulo com pouco mais de 17.000 habitantes, Felipe sonhou desde pequeno com a vida no esporte.
“Sempre tive o sonho de ir a uma Olimpíada, um Pan-Americano ou Mundial. Sabia que como atleta seria difícil, mas o atletismo me proporcionou o estudo. E, com a faculdade de educação física, pude me tornar treinador”, relatou ele, que se mudou aos 18 anos à capital paulista para cursar a graduação e iniciar sua carreira.
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“Comecei cedo a estagiar como treinador de atletismo e fui professor de educação física. A coisa foi acontecendo, e quando vi era treinador no Centro Olímpico. Trabalhei no Pinheiros, fui para o Sogipa (no Rio Grande do Sul), trabalhei no Rio da Janeiro e, há três anos, voltei ao Pinheiros”, contou o técnico, que ainda em 2019 completará uma década na função.
Atingir resultados tão cedo, sendo um treinador da nova geração, é muito significativo para ele. “A gente sabe que rico não vai ficar. Mas, estar próximo de treinadores renomados e ter o reconhecimento deles é muito importante para mim, como pessoa e profissional. É gratificante, uma coisa que nos move a trabalhar cada vez mais”, afirmou.
O que vem pela frente
Para um treinador que conquistou tantos títulos e marcas recentes, o foco agora é na competição que ele ainda não participou.
“Meu sonho hoje é uma medalha olímpica. É o sonho de todo treinador”, contou ele. “Quero ganhar a primeira medalha numa Olimpíada, mas a primeira de muitas”, completou.
A Record TV é a emissora oficial dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. Você pode acompanhar os eventos ao vivo no R7.com e conferir todas as transmissões e as íntegras no Playplus.com.
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