Submissão de Vítor Pereira às organizadas do Corinthians. Pedido de desculpas, de apoio e explicações. Vexame do técnico

São Paulo, Brasil

 O português Vítor Pereira teve de se submeter.

Entender o que é trabalhar em grandes clubes no Brasil.

Explicar a torcedores os fracassos recentes do Corinthians.

Pedir desculpas por revelar que não precisa do dinheiro que recebe no Parque São Jorge.

E que pode ir embora quando quiser.

Só depois dessas confissões foi que recebeu a garantia.

As organizadas estarão ao seu lado, apoiando o Corinthians, na difícil missão de sobreviver na Copa do Brasil. Conseguir a reviravolta, depois da derrota por 2 a 0, em Goiânia, para ficar com uma das vagas na semifinal da Copa do Brasil.

O encontro aconteceu na segunda-feira, em pleno Centro de Treinamento do clube, como foi amplamente divulgado.

Tendo como empresário o iraniano Kia Joorabchian, ex-presidente da MSI, Vítor Pereira entendeu como é íntimo o relacionamento entre a diretoria e as organizadas. Aliás, politicamente, o clube é dominado por Andrés Sanchez, fundador da torcida Pavilhão Nove, que leva esse nome em homenagem a um pavilhão do extinto presídio do Carandiru.

A situação, que é comum em alguns clubes brasileiros, principalmente os de massa, como Corinthians e Flamengo, chega a ser vista com muita restrição na Europa.

O encontro colateral da conversa foi a divulgação de que Willian, que pediu rescisão de contrato alegando ameaça de torcedores, reclamava constantemente de dores. Mas, após exames médicos, nada ficava constatado.

E que o lateral Fagner não consegue entrar em forma.

O que só expõe ainda mais o jogador, que já recebeu ameaças de morte.

Vítor Pereira já havia dito publicamente que não tem tempo para treinar, o elenco é pequeno, e tem de apelar para "miúdos", garotos, que ainda não estão preparados para a cobrança de jogar no Corinthians.

A diretoria resolveu facilitar, propiciar esse encontro de torcedores com o treinador, porque sabe quanto precisa financeiramente que o clube sobreviva hoje. Elimine o Atlético Goianiense. Até porque já houve a eliminação da Libertadores. E também os próprios dirigentes acreditam que o elenco tem poucas peças para seguir lutando pelo título brasileiro.

Vítor Pereira fez questão de confessar que tinha errado o tom ao dizer na coletiva, depois da derrota para o Palmeiras, que ninguém sabia quanto ele tem "de dinheiro no banco".

A revelação de que Vítor Pereira teve de se submeter ao questionamento de torcedores organizados só desgasta ainda mais a relação do treinador com o Corinthians.

Seu contrato termina no fim do ano.

Conselheiros importantes já apostam que não será renovado.

Por falta de interesse mútuo.

Ele e sua comissão técnica custam R$ 1,8 milhão por mês ao Corinthians.

Vítor Pereira segue com mercado aberto na Europa.

Foi Vitor Guedes quem primeiro divulgou a reunião do treinador com membros das organizadas.

Embora Tite jure que não aceitará trabalhar em clubes brasileiros em 2023, o diretor, e ex-presidente, Roberto de Andrade nutre a esperança de que ele possa mudar de ideia.

Já que ele deve à diretoria sua ida para a seleção, em 2016, apesar do protesto de Andrade, no dia 8 de abril de 2016.

"Sou mais corintiano do que patriota. Quero ver ele no Corinthians, não na seleção! E ele me disse que não sairia do clube", disse o dirigente.

Tite saiu, mas prometeu que voltaria ao Parque São Jorge.

É o que a diretoria sonha em 2023.

O desgaste com Vítor Pereira já é muito grande.

Uma reviravolta hoje amenizaria.

Mas não acabaria com o clima ruim, decepcionante...

Tom Brady se torna atleta mais bem pago da NFL; confira os maiores salários

Publicidade

Fechar anúncio

1 / 11

Brady reforçou ainda que é preciso haver uma conciliação entre as partes, para que lhe seja possível dar o máximo de si em cada área

Brady reforçou ainda que é preciso haver uma conciliação entre as partes, para que lhe seja possível dar o máximo de si em cada área