River Plate se impõe em Madrid. Quarto título da Libertadores
River dá uma virada espetacular em cima do Boca Juniors. E conquista a Libertadores, em Madrid. O jogo foi sensacional. Triste para os argentinos
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Foi inesquecível.
Uma aula lição para a Europa sobre a maior rivalidade da América do Sul.
E com os jogadores esquecidos, aqueles que não foram para o Velho Continente por falta de técnica ou que já voltaram desgastados.
Eles deram uma lição de emoção, vibração.
Madrid, a cidade que contém mais argentinos fora da Argentina, adorou o que viu.
A conquista da Libertadores da América, pelo River Plate de virada, por 3 a 1, diante do arquerrival Boca Juniors, em pleno Santiago Bernabeu, a dez mil quilômetros da Argentina, sob o frio de dez graus, ficará na história.
Por conta da selvageria, do apedrejamento ao ônibus xeneize no dia 24 de novembro.
Mas também por uma partida repleta de emoção, com a justa vitória do melhor time do continente sul-americano neste momento.
O jogo de hoje foi a consagração da decisão mais longa da Libertadores. A primeira partida aconteceu no dia 11 de novembro. 28 dias depois, o confronto que todos esperavam. E até a Fifa exigia para ter a última equipe no Mundial de Clubes.
O nervosismo e as faltas duras mostrou ao público de 62 mil pessoas. A partida não teria o brilho técnico de Real Madrid e Barcelona. Muito longe disso.
Mas o time de Marcelo Gallardo tocava a bola com objetividade, gana de vitória. Enquanto o Boca Juniors, com uma equipe mais voluntariosa, preferia a compactação e os contragolpes. Schelotto sabia que o adversário era mais forte.
Tanto que na Bombonera lotada, o River Plate conseguiu empatar o jogo em 2 a 2.
O Boca Juniors saiu na frente em um contragolpe excelente. Nández dá ótimo passe para Benedetto. Ele dribla Maidana e toca na saída desesperada de Armani. 1 a 0, aos 44 minutos do primeiro tempo.
O segundo tempo começou com o River Plate mais ousado, marcando forte na intermediária do Boca. E o empate veio aos 22 minutos, na tabela perfeita entre Fernandez e Palacios. Até que a bola foi rolada para Lucas Pratto empatar. Justo 1 a 1.
O jogo seguiu aberto com os dois times perdendo chances.
Até que veio a prorrogação.
E começa com a expulsão infantil, depois que Barríos deu uma entrada forte em Palacios. Segundo amarelo e expulsão.
O River Plate tem a vantagem de ter um jogador a mais.
Gallardo não força, espera o Boca seguir sua vocação para atacar.
E os espaços começaram a surgir.
Até que aos três minutos do segundo tempo da prorrogação, Quintero domina e bate com precisão incrível. A bola toca no travessão antes de entrar. 2 a 1, virada do River.
O valente Boca Juniors partiu para o ataque.
Até que os 14 minutos, o lance fundamental da decisão.
Jara estava livre para empatar, mas acertou a trave de Armani.
Dois minutos depois, a consagração do quarto título da Libertadores do River Plate.
O goleiro Andrada passou a tentar empatr o jogo nos escanteios.
E o River Plate se aproveitou.
E em um contragolpe, Quintero deu um passe milimétrico para Pity Martínez.
3 a 1, River Plate.
A mais longa decisão da Libertadores acabou, de forma civilizada.
Com uma belíssima partida.
Que os vândalos impediram que fosse em Buenos Aires...
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