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O drama de Paulinho. Jogador só volta a jogar em 2023. Corinthians não sabe se empresa continuará a pagar seu salário milionário 

Paulinho estava empolgado. Mas o rompimento dos ligamentos cruzados do joelho esquerdo o fará enfrentar difícil cirurgia. Corinthians tenso também com salário. Com ele em campo, Taunsa já não pagava. E agora, operado?

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Paulinho só voltará a jogar em 2023. Clube perde referência. Contrato milionário tumultua bastidores
Paulinho só voltará a jogar em 2023. Clube perde referência. Contrato milionário tumultua bastidores

São Paulo, Brasil

Paulinho estava muito esperançoso em dezembro de 2021.

Ele havia recusado propostas do Grêmio e a do Red Bull Bragantino. Disputar a Segunda Divisão pelo clube gaúcho não o animava.

Mas ele sabia que o planejamento em Bragança era excelente. Seria o líder técnico de uma equipe jovem, competitiva, vibrante.


Mas o sonho era outro.

Ser uma das peças principais do time competitivo que o Corinthians estava montando, com Renato Augusto, Roger Guedes, Willian, Giuliano. Mais Cássio, Fagner, Gil, Fábio Santos.


O objetivo do presidente Duilio e do diretor Roberto de Andrade, apresentado ao volante, era a reconquista da Libertadores em 2022.

Seu salário de R$ 1,2 milhão estaria assegurado por um parceiro inesperado. O grupo agropecuário Taunsa se encarregaria de bancar os vencimentos mensais do jogador. 


Paulinho se submeteu a ser filmado e fotografado em um trator, para divulgar o seu patrocinador particular. E acertou a volta ao Corinthians por dois anos, até o fim de 2023. Com possibilidade de mais uma temporada, até 2024.

Ele estava empolgadíssimo. Aos 33 anos, resolvido financeiramente, por passagens pelo Tottenham, Guangzhou Evergrande, Barcelona e Al Ahli.

Queria desfrutar o provável último contrato na carreira.

Viu quanto Sylvinho se perdeu e foi demitido. E percebeu que com Vítor Pereira teria de aprimorar ao máximo sua forma física para conseguir ser titular o máximo de vezes possível. O português percebeu que por mais técnicas que ele, Renato Augusto e Giuliano tenham seria impossível manter o trio no futebol intenso que o Brasil começa a adotar.

Paulinho estava como queria. Com apoio incondicional da torcida, percebendo o time crescer. E desafiado. Sabia que teria de mostrar sua melhor forma para se manter titular. 

Até que, aos 26 minutos do primeiro tempo, no domingo, ele disputou uma bola na intermediária, com Felipe, do Fortaleza. 

O jogador corintiano esticou a perna esquerda atrás do seu corpo para tentar ganhar a dividida. Só que as travas da chuteira se enroscaram no gramado. Paulinho esticou, além do possível, os ligamentos cruzados do joelho esquerdo. Eles se romperam.

Ele e o departamento médico torciam para ser apenas uma torção. Só que o joelho inchou muito na noite de domingo. E os exames revelaram o pior dos quadros. Rompimento e necessidade de cirurgia.

2022 já acabou para Paulinho.

Ele voltará aos gramados só em 2023. A previsão mais otimista é no final de janeiro do próximo ano. A lesão é complicadíssima. Ainda mais para um jogador que completará 34 anos em julho.

Além do prejuízo técnico, com o time de Vítor Pereira perdendo peça fundamental, meio-campista versátil, moderno, competitivo, há os encargos salariais.

O grupo Taunsa, com o jogador em plena forma, já tinha parado de pagar ao Corinthians. Bancou apenas o primeiro salário e, desde então, o clube tem arcado com o altíssimo vencimento de R$ 1,2 milhão a cada 30 dias.

O presidente Duilio sabe que a Taunsa queria Paulinho em campo para ganhar divulgação. Só que, agora, com a gravíssima contusão, que o tirará até o final de 2022 dos gramados, não há certeza alguma do pagamento por parte da empresa.

A questão pode ir parar nos tribunais.

Enquanto isso, o departamento médio corintiano estuda a cirurgia, que deverá ser feita até o fim da semana.

Paulinho sofreu uma das contusões mais sérias da carreira.

Agravada pela idade.

Ele voltou para o Corinthians para viver um sonho.

Terá de conviver com esse inesperado drama.

O treinador Vítor Pereira perdeu uma das referências técnicas.

E um dos líderes do elenco.

A diretoria também se prepara para o embate com a Taunsa.

Pelos milhões comprometidos pela contratação. 

A marca agro já não está nas costas do uniforme, como era combinado.

Pela falta de pagamentos.

A operação de Paulinho compromete o clube.

Dentro e fora dos gramados...

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