Neymar só suportou 19 minutos. Sofreu fortíssima torção. E chorou
Neymar tomou uma pancada e sofreu uma entorse no tornozelo direito. O jogador chorou e foi fazer exames. Brasil venceu Qatar em ritmo de treino
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O inferno astral chegou para valer.
Neymar só suportou 18 minutos conta o Qatar.
O jogador que entrou no Mané Garrincha pressionado pela acusação de estupro.
Recebeu apoio dos torcedores, gritos de incentivo, dos carentes torcedores de Brasília.
A capital do país não tem time sequer na Terceira Divisão, na Série C.
Ele procurava não encarar as inúmeras câmeras espalhadas pelo gramado.
Estava tenso no hino nacional.
Começou a partida aberto na esquerda, como gosta.
Pela transmissão foi possível ouvir os gritos de Tite para que driblasse os fracos jogadores do Qatar.
Ele bem que tentou.
Mas começou mal o jogo, travado, perdendo jogadas individuais.
Parecia estar sem reflexos, desconcentrado.
Não levava a melhor nas divididas.
Até que aos 15 minutos dominou a bola no meio de campo.
Decidiu dar um drible em Madibo.
Mas recebeu a pancada do jogador qatariano.
Só que o camisa 10 do Brasil torceu violentamente o tornozelo direito para evitar a queda.
Ele já sofreu com os ligamentos do mesmo tornozelo quando sofreu duas fraturas no quinto metatarso.
Neymar tentou seguir em campo.
Mas mancava, estava claro que sentia fortes dores.
Enquanto Richarlison comemorava o primeiro gol, Neymar foi ao banco de reservas. Mostrava o tornozelo para o médico Rodrigo Lasmar.
E chorou.
Teve de sair da partida.
Saiu aos 19 minutos.
Não superou o fortíssimo entorse.
Neymar saiu amparado para o vestiário.
Com uma enorme bolsa de gelo no tornozelo direito.
Ele se submeteria a exames para que os médicos avaliassem a gravidade da contusão.
Deixou o estádio aos 14 minutos do segundo tempo.
Foi para uma clínica particular.
De muletas.
A Comissão Técnica estava preocupada.
O jogo foi fácil demais.
O Brasil poderia ter goleado o Qatar, que deixava muito espaço entre os setores.
Qualquer drible desmontava o seu sistema de marcação.
Em 23 minutos, a Seleção já vencia por 2 a 0, gol de Richarlison e Gabriel Jesus.
O time sentiu emocionalmente a perda de Neymar.
E também percebeu a fragilidade do rival.
Sabia que não corria riscos.
E o jogo seguiu em ritmo de treino, sem vibração verdadeira.
Na segunda etapa, o momento de mais emoção foi quando Ederson derrubou Abdulsalam.
Pênalti para o Qatar, aos 47 minutos.
Khoukhi bateu no travessão.
Vitória por 2 a 0.
Jogo que mais pareceu treino.
E foi esvaziado com a triste saída de Neymar...
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