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Corinthians, Cruzeiro e Flamengo. Muita luta e pouco futebol

Os três primeiros semifinalistas da Copa do Brasil mostraram coração. Deixaram clara a falta de talento. É o nível mediano do futebol neste país

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Fábio fundamental na classificação do Cruzeiro. Jogo surpreendente no Mineirão
Fábio fundamental na classificação do Cruzeiro. Jogo surpreendente no Mineirão Fábio fundamental na classificação do Cruzeiro. Jogo surpreendente no Mineirão

São Paulo, Brasil

A arbitragem e Fábio classificaram o Cruzeiro.

A marcação e o acaso foram cúmplices do Corinthians.

A concentração e o fôlego, os trunfos do Flamengo.

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Muita luta, vibração.

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Mas futebol fraco.

Os três classificados desta noite de quarta-feira garantiram uma semifinal vibrante, mas qualidade mais do que discutível, na Copa do Brasil de 2018. 

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Os dois times mais populares deste país lutarão pelo direito de decidir o torneio. 

Veja mais: Corinthians, Fla e Cruzeiro estão nas semifinais da Copa do Brasil

A primeira partida será em Itaquera e a decisão, no Maracanã.

Já o Cruzeiro atuará na arena palmeirense ou na Fonte Nova.

E terá o Mineirão como vantagem no jogo que valerá a final.

Nos três jogos de ontem, o mais surpreendente foi o que envolveu o time de Mano Menezes. Ele foi surpreendido pela ousadia de Cuca. O Santos foi uma equipe leve, com quatro jogadores de características ofensivas. 

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Rodrygo, Gabigol, Arthur Gomes e Bruno Henrique tinham a missão de ficarem marcando no campo santista e saírem em bloco, em velocidade, nos contragolpes.

O Cruzeiro, que havia vencido em São Paulo, não entrou aberto. Muito pelo contrário. Em um 4-5-1 para travar o jogo na intermediária e, no mínimo, segurar o epate que o favorecia.

E até saiu na frente, em um gol de Thiago Neves, que vive excelente fase. Em uma rara falta de reflexo de Vanderlei. Ainda perdeu um gol incrível, com De Arrascaeta acertando a trave, dentro da pequena área.

Mas depois do início fulminante, os mineiros passaram a, precocemente, administrar o resultado. Perderam a ganância por mais gols e, instintivamente, pareciam não acreditar nos santistas.

Mas Dedé, que voltou a jogar muito bem, deu espaço para Gabigol. O atacante teve tempo de ajeitar a bola e dar um chute fortíssimo, surpreendendo Fábio. No final do primeiro tempo, o Santos empatava.

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No segundo tempo, o time de Cuca seguiu pressionando, comprando a briga. Tomou uma bola na trave, em linda cabeçada de Dedé. Não se importou. Era matar ou morrer. E, com Bruno Henrique, virou o jogo. Mano adiantou a marcação mineira, buscando ao menos o empate. E escapou da eliminação.

Rodolpho Toski Marques foi incrivelmente infeliz. O árbitro do Paraná deu cinco minutos de acréscimo. Esperou o Cruzeiro tentar uma última bola, a defesa do Santos não permitiu, e quando o juiz levou o apito à boca eram 49 minutos e cinquenta e oito segundos. Lástima, porque Gabigol recebia a bola na frente, sozinho, diante de Fábio. 

O jogo ser encerrado nesta cena revoltou Cuca e todos os jogadores santistas. Eles cercaram Rodolplho. Protestaram em vão. Perderam a concentração para a decisão dos pênaltis? Meia verdade.

O restante da realidade foi Fábio.

O goleiro cruzeirense mostrou reflexo, confiança e trabalho.

Ele estudou os cobradores santistas.

E não tomou um gol nos pênaltis.

Defendeu o de Bruno Henrique, Rodrygo e Jean Mota. Lucas Silva, Raniel e David haviam marcado. Bastaram seis das dez penalidades. 

O Cruzeiro está na semifinal.

Incompetência da diretoria santista para contratar Vagner Love
Incompetência da diretoria santista para contratar Vagner Love Incompetência da diretoria santista para contratar Vagner Love

Mas o Santos saiu com moral do Mineirão.

Jogou muito melhor que todo o ano.

Só que sua diretoria mostrou incompetência.

Outra vez.

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Tentou de última hora Vagner Love e Marcelo Moreno.

Finalmente quis buscar o atacante que Cuca exigia.

Mas como as negociações foram de última hora, o clube perdeu o prazo.

A janela se fechou e o Santos seguirá com o mesmo limitado elenco.

Muita luta e pouca técnica no Maracanã. O Grêmio decepcionou
Muita luta e pouca técnica no Maracanã. O Grêmio decepcionou Muita luta e pouca técnica no Maracanã. O Grêmio decepcionou

No Maracanã, a decepção foi o Grêmio.

O time de Renato Gaúcho entrou disperso, parecia cansado.

Já o Flamengo de Mauricio Barbieri estava mais disposto, agoniado para vencer.

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Everton Ribeiro se aproveitou de falha da zaga gremista e colocou os cariocas na frente, logo aos seis minutos, em falha de Cortez, a bola bate no rosto em Paquetá e sobra para o pé direito de Everton Ribeiro. O chute sai forte e ainda passa no meio das pernas de Cortez, desorientando Marcelo Grohe.

Renato Gaúcho tentou reagir, mandou seu time adiantar a marcação. Mas os gremistas estavam sem inspiração. Não conseguiam coordenar tabelas, inversões, fugir do sistema defensivo muito bem montado por Barbieri. Só vontade.

O Flamengo faz 1 a 0 no início da partida e seguiu com personalidade, travando os gaúchos. Não permitindo que criassem chances reais de gol. A torcida carioca compreendia, apoiava o time. Não havia sufoco. Inacreditável como o Grêmio não conseguiu oportunidades claras. 

A vaga para a semifinal chegou sem desespero.

Com justiça.

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Crédito para Barbieri sonhar em pelo menos terminar o ano empregado. 

Sinal de alerta para o Grêmio que foge do Brasileiro, coloca seus reservas, apostando em duas competições eliminatórias. Um noite ruim e a eliminação. A Copa do Brasil já foi, resta a mais desejada, a Libertadores. Está faltando objetividade, os gremistas seguem parecendo ter vergonha de chutar para o gol de fora da área. Além de faltar a gana, a vibração de 2017.

Já o Corinthians teve o jogo mais fácil e mais fraco para chegar à semifinal. A Chapecoense de Guto Ferreira brigou muito pela bola na intermediária, até buscou pressionar a equipe de Osmar Loss. Mas faltava o mínimo de talento para escapar do firme setor defensivo montado por Loss.

O desejo do treinador era garantir a vantagem que o time conseguiu, vencendo por 1 a 0, no Itaquerão. E os corintianos fizeram, de propósito, uma partida morna. Travando os catarinenses e não tendo sequer ganância, ou até mesmo, um mínimo de ânimo para contragolpear em bloco.

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A Chapecoense sabia que precisava vencer. Mas seu potencial técnico é muito fraco. Tem jogadores apenas com muita vontade de vencer. O que é muito pouco para seguir adiante na Copa do Brasil.

E não seguiu.

Jadson conseguiu um gol que ele mesmo confessou ter sido ao acaso. Aos 38 minutos do seugndo tempo cobrou falta de longe.Jandrei estava adiantado e a bola o encobriu. Pela comemoração do meia, o gol foi absolutamente sem querer. Ele queria cruzar.

Se empatando o Corinthians não atacava, vencendo é que abdicou do jogo de vez. E apenas esperou o temp passar. Os inúteis cruzamentos para a área era muito pouco à Chapecoense.

Corinthians só se preocupou em defender. Jogo muito fraco em Chapecó
Corinthians só se preocupou em defender. Jogo muito fraco em Chapecó Corinthians só se preocupou em defender. Jogo muito fraco em Chapecó

Palmeiras e Bahia definem hoje o adversário do Cruzeiro.

Mas seja ele qual for, já há uma certeza.

Não há um grande favorito para a conquista do Brasil.

Os cinco clubes que ainda na disputa não passam de medianos.

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Não são páreos para grandes equipes europeias.

Mas representam a realidade do futebol deste país.

Competitivo, brigado, mas sem inovações táticas.

Com ou sem a bola. 

Sem talentos indiscutíveis.

Sem brilho dentro do gramado.

Fora dele, o que fizeram as torcidas do Flamengo, do Cruzeiro e da Chapecoense foi emocionante.

Elas mereciam times muito melhores...

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