Werdum admite que vai acatar decisão do UFC e revela que evento vetou luta por título interino
Peso-pesado gaúcho foi pego de surpresa pela cirurgia realizada por Cain Velasquez
Mais Esportes|Diego Ribas, do R7
Durante a semana, o peso-pesado Fabrício Werdum, que havia sido oficializado como o próximo desafiante ao cinturão do UFC, se viu envolto por um turbilhão de rumores e cobranças que se resumem a resposta de uma única pergunta: quando ele voltará a lutar?
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Com reunião marcada com os donos do evento para tratar sobre suas funções extras junto à organização, já que o gaúcho também trabalha como comentarista e embaixador do torneio, Werdum foi informado que Cain Velasquez, campeão da categoria, realizou uma cirurgia no ombro e que uma nova luta poderia surgir em seu caminho antes da chance de brigar pelo posto de número um do mundo.
A “pedra no caminho”, neste caso, sairia do vencedor do duelo entre Josh Barnett e Travis Browne, em duelo programado para o próximo dia 28 de dezembro, no card principal do UFC 168. E, após este novo embate, provavelmente em abril, é que seria decidido o próximo desafiante ao título da categoria.
Dando uma breve pausa em seus compromissos na Rússia, onde chegou na última quinta-feira (12), o lutador conversou com reportagem do R7 e não fugiu do jeito brincalhão para revelar que o UFC recusou sua ideia de lutar pelo título interino, além de admitir, pela primeira vez, que a decisão sobre qual será o seu destino caberá,d e fato, ao UFC.
R7 – É verdade que o UFC te ofereceu uma luta com o vencedor entre Josh Barnett e Travis Browne? Você já decidiu se aceita essa oferta?
Werdum - Na real, na reunião que eu tive com o UFC na terça, eles sugeriram: “Tem essa luta, se você quiser, pode lutar com o vencedor de Barnett e Travis”. Eu não dei a resposta, pois quero pensar com o Rafael [Cordeiro]. É bastante tempo [sem lutar], é um ano praticamente. Lutei com o ‘Minotauro’ em junho, e seria mais ou menos um ano e meio sem lutar. Seria por uma boa causa, mas não sei se vou ter tantas opções. De repente, vou ter que fazer uma outra reunião. Essa luta seria mais ou menos para abril.
R7 – Caso seja possível esperar pela recuperação do Velasquez, você não acha que seria muito tempo sem lutar?
Werdum - Eu focaria no meu treinamento e na parte que eu estou fazendo com o UFC. Sou comentarista e embaixador da América Latina, além de lutador. Essa reunião também foi para me dar os parabéns por isso. Com certeza, ficar tanto tempo sem lutar é ruim. Mas eh um caso especial, lutar pelo cinturão, é um grande objetivo. Mas sou funcionário do UFC, não tenho tantas opções. Tenho que ver direitinho com a equipe. É muito recente.
R7 – Até quando você poderá dar essa resposta ao UFC?
Werdum - Não tenho certeza se vou poder esperar. O Dana White quer que eu lute, e acha que não é bom eu ficar tanto tempo sem lutar, porque as pessoas podem esquecer de quem não luta. Vou ter que ver. É bastante tempo, mas já aconteceu antes. Não sei quando eu vou voltar. Não decido 100 %, mas pelo dana White acho que em abril. Vejo assim: “Se eu puder esperar, seria em outubro”. Mas não consigo ver essa espera de tanto tempo.
R7 – O UFC chegou a te fazer uma proposta financeira melhor ára aceitar essa luta antes de uma disputa pelo título?
Werdum - Não chegamos a falar sobre dinheiro e nada de contrato. Falamos mais sobre a cirurgia do Velasquez e sobre a luta que me ofereceram. Dei uma opção de título interino, mas eles disseram que não existe essa possibilidade porque já sabem quando que o Velasquez vai voltar. E o [cinturão] interino é apenas quando não se sabem quando o campeão volta.
R7 – Quando você acha que saberá qual será a sua resposta?
Werdum - Não tenho data para responder. Conversei com o Rafael Cordeiro, mas a decisão não é nossa, a decisão é deles. Sou um funcionário, e ele [Dana White] é meu chefe. Tenho varias funções com o UFC e não posso falhar. Estou meio confuso. Aconteceu essa cirurgia na hora errada para mim. Espero esse momento faz tanto tempo. Tenho que respeitar o Velasquez. Acho que vai ter que rolar mais uma reunião [com o UFC]. Vou ter que ir para Vegas e conversar 100 %.
R7 – Você acha possível mudar a opinião do Dana White neste caso?
Werdum - Sou funcionário. Se ele falar que vou ter que lutar, não tenho opção. Sinto que estou com moral com o UFC. Tenho uma relação boa e algumas regalias. Sou comentarista e embaixador, viajo para divulgar o evento. É um trabalho a parte, e isso faz parte do meu futuro. Tenho mais cinco ou seis anos de carreira. Se o Dana falar que precisa que eu lute, vou fazer o que? Tenho que lutar. A real é que o Cain quebrou as minhas pernas [risos]. Essa lesão parece ser antiga e devia estar incomodando ele nos treinos.
R7 – Se o UFC aceitasse que a sua luta contra o vencedor de BArnett x Browne fosse pelo título interino, você aceitarioa na hora?
Werdum - Aceitaria, claro. Eu que dei essa sugestão, mas eles tiraram essa possibilidade. Não tem como, mas, com certeza, aceitaria. Querendo ou não, é um cinturão. Se eu não conseguir, vou ter que comprar um, azar. Se não rolar o interino ou o do Velasquez, vou ter que comprar um no camelô [risos].