'Em 40 dias, sinto a pressão de 11 anos', diz volante Willian Farias

Meia do Tricolor falou sobre momento delicado da equipe neste início de temporada, cobrou mudança de atitude e foco no trabalho nos treinos

18/02/2019 - 08h05 (Atualizado em 21/02/2024 - 13h03)

Contratado pelo São Paulo no início deste ano, o volante Willian Farias tem menos de um mês no clube do Morumbi e afirmou já sentir a pressão causada pela seca de títulos no Tricolor, que não levanta uma taça desde a Sul-Americana de 2012. Titular contra o Corinthians, no último domingo, o meio-campista explicou como a insatisfação dos torcedores tem agido no elenco.

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- Estou há 40 dias no clube e sinto a pressão que existe de tanto tempo sem título. Em 40 dias, eu sinto essa pressão de 11 anos. Só que temos de levantar a cabeça. Olhar no olho de cada um. Sabemos que estamos devendo resultados bons ao nosso torcedor. Agora entrega, luta, doação não estão faltando. Mas o que a gente tem que buscar agora para retomar a confiança e colocar o São Paulo na busca por títulos são os resultados - afirmou o camisa 17.

Eliminado da Copa Libertadores de forma vexatória e mais uma vez derrotado em um Majestoso em Itaquera, o São Paulo lida com uma pressão diária. No domingo, logo após a derrota para o Corinthians, torcedores organizados foram até o CT da Barra Funda protestarem. A delegação, no entanto, não desembarcou no centro de treinamento e alguns jogadores foram embora da Arena Corinthians em seus carros particulares.

A fase ruim pode ficar ainda pior caso o Oeste vença ou empate com o São Bento nesta segunda. Caso isso aconteça, o Tricolor deixará a segunda posição do Grupo D do Campeonato Paulista e ficará fora da zona de classificação para o mata-mata do estadual.

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Ciente da necessidade de uma mudança de postura, Willian Farias falou em retomar a confiança perdida e trabalhar duro para superar as adversidades que aguardam o Tricolor do Morumbi nesta temporada.

- Entusiasmo a gente tem que ter por vestir essa camisa. Temos que retomar a confiança e para isso só no dia a dia, trabalhando bastante e também precisamos que os resultados comecem a vir - pontuou.

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O São Paulo ganha folga nesta segunda e volta aos treinamentos na próxima terça. No domingo, o time recebe o Red Bull Brasil, no Morumbi, pela 8ª rodada da fase de classificação do Paulistão.

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Vagner Mancini — O coordenador técnico do São Paulo assumiu o time principal interinamente, enquanto Cuca — o novo treinador — se recupera de uma cirurgia cardíaca e recebe a liberação dos médicos para voltar ao trabalho

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André Jardine, São Paulo x Talleres, Libertadores 2019

Diego Aguirre — O uruguaio foi contratado em março de 2018. Após um bom início, quando levou o São Paulo à liderança do Brasileirão, algo que não ocorria havia três anos, o treinador viu a equipe perder rendimento. Como consequência, Aguirre foi demitido oito meses depois

Dorival Júnior — A passagem de Dorival no comando do São Paulo teve início em julho de 2017 e terminou em março do ano seguinte

Pintado — Assumiu como interino em julho de 2017, entre a saída de Rogério Ceni e a chegada de Dorival Júnior

Rogério Ceni — Ídolo da torcida são-paulina - o maior da história do clube, para muitos - o ex-goleiro foi convidado para assumir o time naquele que seria o primeiro trabalho dele após o anúncio da aposentadoria dos gramados. Vários torcedores entenderam que Leco havia contratado Ceni para tê-lo como um cabo eleitoral para a eleição que se aproximava. Rogério Ceni não atingiu os resultados esperados e foi demitido em julho de 2017

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Ricardo Gomes — O treinador deixou o Botafogo para assumir o São Paulo em agosto de 2016. Foi demitido três meses depois

Edgardo Bauza — Bicampeão da Libertadores (2008 e 1014), o argentino foi contratado no final de 2015 com a expectativa de levar o São Paulo ao tetracampeonato da principal competição sul-americana. O treinador chegou até a semifinal da Libertadores de 2016, mas o time foi eliminado pelo Atlético Nacional, que se tornaria campeão. Bauza deixou o clube tricolor em agosto do mesmo ano, quando recebeu um convite para comandar a seleção da Argentina

Milton Cruz — Funcionário de carreira da comissão técnica são-paulina por décadas, Milton Cruz assumiu o time por diversas vezes. Uma delas ocorreu na transição entre a saída de Doriva e a chegada de Bauza, em 2015

Doriva — O último treinador que o ídolo Rogério Ceni teve em sua extensa e vitoriosa carreira como jogador foi Doriva, contratado em outubro de 2015. No entanto, a passagem dele pelo clube foi a mais curta de todos. Doriva foi demitido cerca de um mês depois devido aos péssimos resultados com o time. Em sete partidas, o comandante perdeu quatro, empatou uma e venceu apenas duas, em aproveitamento de apenas 33,3%

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