Mesmo com patrocínio pesado, Fluminense atravessa asfixia financeira ao lado de rivais

Os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro estão entre os cinco maiores devedores de tributos do futebol brasileiro. Um levantamento da consultoria BDO, divulgado em agosto, indica que ao lado de Atlético-MG, Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense possuem as maiores dívidas do País. No Tricolor, por exemplo, os débitos fiscais computados ao final de 2013 estavam na casa dos R$ 238,6 milhões.

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Todos eles se apegam no Refis da Crise, programa de parcelamento de dívidas fiscais do Governo Federal, para aliviar momentaneamente a saúde financeira das instituições. Peter Siemsen, presidente do Fluminense falou recentemente sobre a situação em entrevista ao diário Lance.

— Equacionamos toda a dívida fiscal entre Timemania e Refis. Agora neste parcelamento teremos uma redução da dívida na ordem de uns R$ 20 e poucos milhões. Não chega a ser uma vitória, mas é mais um passo. Falta resolver algumas penhoras nas quais temos disputas judiciais duras. Só depois disso podemos dizer que está 100%.

Siemsen se refere aos valores que o Fluminense tem a receber pelas vendas de Thiago Neves e do meia-atacante Wellington Nem, para o Al Hilal (SAU) e o Shakhtar Donestk (UCR) respectivamente. Nos dois casos, o clube fez um acordo com os compradores para quitar as parcelas pendentes (totalizando cerca de R$ 13 milhões) somente quando a situação fiscal for resolvida por completo.

Ainda que o refinanciamento fiscal ajude, o horizonte não parece ser de brigadeiro para o clube de Fred, Conca e Rafael Sóbis. No ano que vem a asfixia financeira poderá ser ainda maior. Isso porque o contrato com a Unimed, que investe no clube desde 1999, será renovado e os valores tendem a diminuir, como informou um comunicado divulgado pela própria empresa médica.

— Nada demonstra que os resultados de nossa estratégia de marketing foram inadequados ao longo dos anos. De qualquer forma, entendemos que os resultados tendem a ser menos expressivos com o decorrer do tempo que se mantém uma estratégia, e estamos por conta disso revendo para baixo os investimentos em algumas dessas atividades.

Enquanto isso, o Fluminense vislumbra o adiantamento de cotas de TV e outras receitas penhoradas para tentar fugir do vermelho e arcar com suas obrigações. Atualmente, parte do elenco ainda não recebeu o salário de setembro.