Ricardo Oliveira perde mais um pênalti e Santos fica no empate com o Furacão
Jogo na Arena da Baixada foi aberto e com boas chances, mas placar não saiu do zero
Futebol|Do R7
Há um mês, o Santos era um postulante certo ao rebaixamento. Há um pouco mais de tempo, ninguém acreditava no Atlético-PR. Mas as aparências enganam, e as duas equipes encerraram o primeiro turno do Campeonato Brasileiro com um jogo recheado de oportunidades de gol, velocidade, juventude e talento, neste sábado (15), na Arena da Baixada. No fim, o que fez a diferença pelo empate em 0 a 0 foi a falta de inspiração de Ricardo Oliveira.
Em um pênalti marcado com polêmica e batido sem força no primeiro tempo, o artilheiro do Brasileirão perdeu a primeira de suas grandes chances. Já na etapa complementar, ele desperdiçou um tiro de apenas três metros de distância para o gol do Furacão, e viu seu time fechar a primeira metade do Brasileirão sem uma única vitória na condição de visitante.
O Furacão, que encheu a Arena da Baixada para se reabilitar da derrota para o Flamengo na rodada passada, também perdeu boas chances com Walter e Douglas Coutinho, mas nada tão escancarado. Agora em sexto lugar, a equipe descansa uma semana antes de visitar o Internacional na abertura do segundo turno do Brasileirão. O Santos, por outro lado, tem um desafio na quarta-feira, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o rival Corinthians.
A partida começou com o Atlético-PR exercendo relativo controle nos primeiros minutos de bola rolando, principalmente em razão da brilhante organização de sua linha de defesa: sem botes desesperados, sem inversão de posicionamento, sem linha burra de impedimento e com marcação individualizada no forte quarteto ofensivo de seu adversário. Tudo parecia seguro até o Santos abafar uma saída de bola aos dez minutos e Ricardo Oliveira quase abrir a contagem. Deu pane.
Com Paulo Ricardo, que é um zagueiro improvisado, e Thiago Maia, que é volante de forte marcação, o Peixe tentou proteger sua defesa em um confronto difícil fora de casa. Tudo parecia seguro até David Braz errar completamente um bote na entrada da área e dar sorte (sim, sorte), que Marcos Guilherme quis tirar muito de Vanderlei e acabou errando. Outro perigo desnecessário.
Estava na cara que esse jogo se resolveria em alguma falha da defesa. O Santos, valente no contra-ataque e em nítida evolução no Brasileirão, queria jogo. O Furacão, taticamente rico de opções, e com a defesa muito bem estruturada, também queria jogo. Os erros de passe - no primeiro tempo praticamente um por minuto - atrapalharam um pouco o andamento jogo, mas não foram cruciais. Quer dizer, quase foram...
Foi a partir de um erro de passe da defesa do Furacão que Geuvânio conseguiu fazer um desarme na entrada da área, avançar e tentar o cruzamento. No meio do caminho, após tentar um carrinho, Kadu viu a bola tocar sua mão e o árbitro marcar o pênalti. Na batida, o goleador Ricardo Oliveira não superou Wéverton, que voou no cantinho para agarrar. As aparências enganam, tanto que até os artilheiros erram...
E olha não foi a única vez, hein? Logo no comecinho do segundo tempo, poucos minutos após Walter ser acionado e por muito pouco não abrir o placar de cabeça, o Santos reagiu. Em jogada brilhante de Geuvânio, Ricardo Oliveira recebeu no meio da área e bateu para a defesa de Wéverton. No rebote, nada pela frente. No rebote, a chance da abertura do placar. No rebote, um chute forte demais. No rebote, a bola no travessão. No rebote, uma chance incrível perdida pelo maior fazedor de gols do Brasileirão.
Para um visitante tão ruim quanto o Santos no Brasileirão, os erros de Ricardo Oliveira poderiam ser imperdoáveis. Douglas Coutinho, já na metade do segundo tempo, tentou aproveitar a conclusão após cruzamento de Walter na área, mas o quique da bola no gramado irregular afastou o perigo da meta de Vanderlei. O goleiro do Santos, aliás, também salvou sua equipe aos 35, em cabeceada de Douglas Coutinho defendida com maestria.
Com brilho dos goleiros em noite de homenagens ao argentino Cejas, que é ídolo eterno do Peixe e morreu na última sexta-feira, a Arena da Baixada não teve gols em Atlético-PR x Santos.
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FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-PR 0 x 0 SANTOS
Data/Horário: 15 de agosto de 2014, às 19h30
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Árbitro: Bruno Arleu (RJ)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Cristhian Passos Sorence (GO)
Cartões amarelos: Alan Ruschel e Daniel Hernández (CAP)
Cartão vermelho: Alan Ruschel (CAP)
Público e renda: 19.849 pagantes e R$ 534.590,00
ATLÉTICO-PR: Weverton; Eduardo, Vilches, Kadu e Alan Ruschel; Deivid (Jadson), Otávio, Barrientos (Walter), Marcos Guilherme e Hernández; Crysan (Douglas Coutinho). Técnico: Milton Mendes
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Paulo Ricardo, Thiago Maia e Lucas Lima (Leandro); Geuvânio (Neto Berola), Ricardo Oliveira e Gabriel (Marquinhos Gabriel). Técnico: Dorival Júnior.