Missão quase impossível: San Lorenzo não tem bola para ganhar do Real Madrid
Na semi, argentinos oscilaram na marcação; se isso ocorrer contra o Real será goleada na certa
Futebol|Do R7
Real Madrid e San Lorenzo entram em campo neste sábado, às 17h30 (de Brasília), pela final do Mundial Interclubes da Fifa, em situações opostas.
O time espanhol, recheado das mais caras estrelas do futebol mundial, tem jogado um futebol envolvente e toca a bola com a fluência das grandes equipes da história.
Já o San Lorenzo, apesar de ter um time esforçado, só irá depender da velha garra argentina, que costuma aparecer nestas ocasiões.
Mas é pouco provável que, apenas com determinação e correria, o time de Almagro obtenha êxito.
Em ocasiões como esta é imprescindível ter um mínimo de equilíbrio técnico, para que uma equipe não sucumba diante da outra.
E o San Lorenzo não demonstrou isso contra o Auckland City, nas semifinais da competição, quando venceu por 2 x 1, com um gol de Matos na prorrogação.
O time dirigido por Edgardo Bauza oscilou muito na marcação, principalmente no tempo normal, deixando muito espaço entre o meio e o ataque. Se isso acontecer contra o Real, será goleada na certa para o time espanhol.
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Mas mesmo que o San Lorenzo acerte a marcação, não tem um jogador sequer que possa desequilibrar o jogo. Tal fato pesa em momentos decisivos, diante de uma equipe poderosa. Só o conjunto não basta, porque isso o Real também tem, e muito.
No San Lorenzo, até o melhor jogador, Romagnoli, perdeu a condição de titular para Kalinski, rápido e aplicado no primeiro combate.
Mas com dois volantes mais fixos, como Ortigoza e Mercier, falta ao time homens de criação que toquem a bola próximos da área do Real.
A tendência, desta maneira, é a equipe argentina jogar muito fechada, esperando uma oportunidade nos contra-ataques.
Esta fórmula, porém, fica capenga quando não há uma mínima força ofensiva para efetivar o plano e desafogar constantemente o time que é sufocado.
Assim, o Real Madrid deverá se multiplicar no campo, com a movimentação constante de Kroos, Illararmendi, Isco e Bale, acionando jogadores de poderoso ímpeto ofensivo, como Cristiano Ronaldo e Benzema.
Isso sem contar as avançadas precisas de Sérgio Ramos, que está "voando" em campo, e o apoio constante dos velozes laterais Carvajal e Marcelo.
Diante de adversário tão imponente, por mais que se tente, fica quase impossível para uma equipe como o San Lorenzo se manter firme na defesa por muito tempo.
A maior probabilidade é, antes da metade do primeiro tempo, os argentinos tomarem um gol e sentirem que todo o plano de resistência inicial foi por água abaixo. Grandes equipes, como o Real Madrid, não costumam perdoar.