Greve de funcionários, estádio abandonado e a pior crise da história do clube. Assim foram as últimas semanas na Portuguesa, que estreia no Campeonato Paulista no próximo domingo (1º), diante da Ponte Preta, em Campinas, vivendo uma situação lamentável.
Com sérias dificuldades financeiras, a Lusa só conseguiu realizar a pré-temporada graças a doações. Até o pãozinho francês servido ao elenco vem através de donativos. Foi o que informou uma reportagem publicada nesta segunda-feira (26) pelo jornal Agora.
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De acordo com o diário, seis conselheiros do clube se uniram em uma força-tarefa para bancar, do próprio bolso, os custos com alimentação e limpeza dos uniformes dos atletas durante o período de treinamentos que ocorre no CT do Parque Ecológico.
“Uma pré-temporada dessas em qualquer hotel não sairia por menos de R$ 250 mil”, disse Carlos Ferreira, ex-vice diretor de comunicação da Portuguesa e um dos conselheiros envolvidos no mutirão. “Já no Parque Ecológico gastamos 10% do valor [25 mil]”, completou Ferreira, que além de contribuir financeiramente ajudou aparando a grama e delimitando as linhas do campo de jogo.
Para alimentar jogadores e comissão técnica são gastos diariamente R$ 800 e quem cozinha para o elenco é a mulher do caseiro do Centro de Treinamento. Uma padaria na Penha, cujo dono é conselheiro do clube, colabora enviando cerca de 70 pãezinhos todos os dias.
A equipe comandada pelo técnico Ailton Silva está se preparando longe do Canindé, pois a greve de funcionários, que se arrastou até a semana passada, deixou o estádio da Portuguesa em situação de completo abandono. Por conta disso, inclusive, o primeiro jogo do time como mandante no Paulistão, contra o São Bento, acontecerá no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.
A Lusa está no Grupo 3 ao lado de Botafogo, Linense, Marília e Palmeiras.